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Pequenas empresas têm menos de 8% do total

A 140ª edição do Encomex (Encontros de Comércio Exterior) promoveu debates sobre a contribuição das exportações para o crescimento econômico do Brasil. O evento, realizado entre quinta, 8, e sexta, 9, no Studio 5 Centro de Convenções, é promovido pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior) e tem o objetivo de promover a cultura de exportação entre micro, pequenas e médias empresas.
O Encomex acontece pela primeira vez em Manaus e a escolha aconteceu em virtude da importância do PIM (Polo Industrial de Manaus) para a economia da região. Para aproveitar o gancho industrial, o encontro promoveu palestras com ênfase nas perspectivas econômicas para 2010, além de oportunidades no mercado global.
Uma das palestras teve como tema a contribuição das exportações para o crescimento econômico do Brasil, exposto pelo vice-presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, e pelo secretário de comércio exterior do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Welber Barral.
De acordo com Castro, o crescimento econômico no Brasil não depende fundamentalmente das exportações porque a infraestrutura para esses serviços ainda é precária. “Além disso, ainda existem vários processos burocráticos entre outros problemas que limitam a continuação do desenvolvimento”, declarou.
Segundo Castro, para chegar aos dez maiores países exportadores, o Brasil precisa primeiramente resolver questões relacionadas a exportação de produtos manufaturados. “O que deve ser feito é controlar a quantidade exportada e assim também diminuirmos os custos”, ressaltou.
Atualmente, o Brasil ocupa o 24º lugar no ranking dos países exportadores. Em 2004, o país atingiu o ápice na exportação por receber grande demanda, principalmente no setor de agronegócios.
Na avaliação do vice-presidente, os setores com oportunidades potenciais para exportação são o aeronáutico, agronegócios e indústrias. “Tudo requer também a captação de investimentos e transferências de tecnologias. Outro fator importante é a incorporação de pequenas e médias empresas, como estratégia de estimular a concorrência nos setores”, destacou.
Conforme Castro, as exportações geram mais emprego e renda para o Brasil. “A exportação gera 50 mil empregos a cada US$ 1 bilhão investidos. As exportações geram divisas, mais faturamento, empregos melhores salários e aumento no consumo”, afirmou.
O vice-presidente informou ainda que as exportações também contribuem socialmente e culturalmente para as empresas. “Elas promovem a interiorização com desenvolvimento e distribuição de renda e também estimulam a melhoria do nível cultural, pois faz com que os profissionais busquem por mais estudos e também aprendizado de idiomas”, observou.

Mercado exterior

De acordo com o secretário de comércio exterior do Mdic, Welber Barral, apenas 12 mil empresas são cadastradas no ministério como exportadoras, número relativamente pequeno e que demonstra insegurança e baixo consumo. “Se somarmos a contribuição das micro, pequenas e médias empresas, não teremos 8% de participação nas vendas internacionais. Nós precisamos mudar essa realidade”, disse Barral ao se referir a dados de 2009. No ano passado, segundo o site do Mdic, as exportações brasileiras foram de US$ 153 bilhões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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