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Origem da economia solidária

Contra a lógica ditada por uma política cambial adversa, a indústria gráfica brasileira consegue manter superávit em sua balança comercial. No primeiro semestre, o saldo foi de US$ 22,59 milhões. O número é inferior ao registrado em igual período de 2006, mas evidencia a competitividade alcançada pelo setor nos últimos anos, em decorrência de uma soma de fatores. Não fosse isto, dificilmente os dados de seu comércio exterior iriam manter-se positivos. Uma das causas desse avanço é o investimento em bens de capital e aporte tecnológico, superior a US$ 6 bilhões em uma década.
Também foram ampliados e aperfeiçoados o treinamento e a formação profissional, no âmbito do Senai-SP e da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica). Outro elemento refere-se às pesquisas e à elaboração de normas por esta entidade, reconhecida pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) como Organismo de Normalização Setorial. A ABTG também é a representante brasileira no Comitê Gráfico da ISO. Isto ampliou o intercâmbio e a troca de conhecimento com instituições técnicas de todo o mundo.

Nesse processo de ampliação do grau de qualidade e competitividade do setor também é muito clara a influência positiva exercida pelo Prêmio de Excelência Gráfica “Fernando Pini”, cujo nome homenageia um dos mais talentosos técnicos e professores de artes gráficas do país. Em sua 17ª edição, consolida-se como maior concurso do gênero na América Latina, com cerca de dois mil trabalhos inscritos, e é reconhecido, de modo unânime, como o mais importante referencial de qualidade do mercado brasileiro. O certame foi criado em 1991 pela ABTG e Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica).
Todos esses fatores têm contribuído, além de garantir a performance positiva no comércio exterior, para que o setor consiga atender às peculiaridades do mercado contemporâneo, no qual a diversidade e a convergência de mídias, bem como o avanço tecnológico, criou múltiplas possibilidades e multiplicou as exigências. No próprio parque gráfico, o digital mescla-se ao analógico, elevando ao infinito as possibilidades de soluções à disposição do mercado.
O parque gráfico nacional, nascido em 1808, no Rio de Janeiro, com a criação da Imprensa Régia, por D. João VI, comemorará seu bicentenário em 2008. Com faturamento anual em torno de 17 bilhões de reais (3,71% do PIB da indústria de transformação e 1% do nacional) e empregador de quase 200 mil trabalhadores, o setor constitui-se num dos segmentos com maior índice de sofisticação tecnológica, e a qualidade é um dos principais atributos que desenvolveu nesses dois séculos de vida. Assim, como ocorre agora com o câmbio e outros fatores adversos da política econômica, a indústria gráfica brasileira também superou a defasagem cronológica com que foi criada, em relação a outros países.

Reinaldo Espinosa é empresário gráfico e presidente executivo da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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