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Onde você estaria hoje, se o medo não tivesse te impedido?

Onde você estaria hoje, se o medo não tivesse te impedido?

Medo! Por que sentimos medo? Recentemente, uma amiga foi convidada para ser revisora de livros de uma editora. Se esse convite fosse pra mim, eu não pensaria duas vezes. Aceitaria na hora. Não que eu esteja pronta para o trabalho, mas sim, porque sou exatamente aquela pessoa que aceita tudo e depois vai na cara e na coragem, embora super arrependida de ter aceitado. 

Também sou do time que precisa policiar o auto boicote. Inclusive, ultimamente tem acontecido com mais frequência, pois a gente enrola pra fazer o que precisa ser feito e quando vê, passaram-se semanas e não saímos do lugar. Em contra partida, pessoas que se posicionam, que metem a cara, que são ousadas, chegam muito mais rápido em qualquer lugar.

Na verdade, muitas vezes chegam onde não pretendiam, aproveitando oportunidades que nunca almejaram, chegando a viver experiências que nunca “lutaram” pra ter. Não as chamo de sortudas, e sim audaciosas e são super merecedoras do sucesso que acabam conquistando. Imagina que maravilha você simplesmente não ter inibições que te limitam. Imagina você não se importar com o que vão pensar de você. Imagina você descobrir a liberdade real de se desprender de todo e qualquer julgamento.

Estou falando sobre isso porque acredito que muitas vezes o medo, está associado diretamente ao “o que vão pensar sobre mim”. E este sempre será o maior inimigo de criatividade, de empresas, de negócios, de sucesso, de felicidade, de amor. Mas só pra deixar claro, estou falando sobre as ações positivas que o medo impede. Quantas de vocês gostariam de ter ido por outro caminho, ter tomado outra decisão, ter feito de outra forma e no final, pesando os prós e contras, se sentiram paralisadas pelo medo e não arriscaram?

Recentemente, li um artigo de Janguiê Diniz, o engraxate que virou bilionário, que dizia: “É muito comum incluir o medo em etapas importantes da vida, sobretudo, naquelas que podem mudar totalmente o nosso status. Sair da zona de conforto é o ponto que mais atrai o medo. Isso é normal, afinal, temos uma tendência natural a evitar riscos, pois nosso cérebro tende a nos deixar em situações reconfortantes e seguras. Permanecer sempre nessa inércia, no entanto, não faz ninguém progredir. No cenário do empreendedorismo, principalmente, zona de conforto nunca levará ninguém à prosperidade. É preciso mover-se, mesmo com medo, a fim de encontrar, no fim da jornada, um resultado melhor”.

Janguiê Diniz,  Fundador e presidente do grupo Ser Educacional

Bom, todas as mulheres empresárias com quem já tive oportunidade de conversar, tiveram que, em algum momento, enfrentar seus medos. Eu também tive e posso te dizer com absoluta certeza que o primeiro passo para combater essa paralisia é NÃO negar que ela existe. Você tem medos, mesmo que não os reconheça prontamente. Às vezes, eles tomam conta do seu pensamento impedindo você de acreditar que está apta para começar, que pode continuar ou que você vai conseguir.

O medo é um problema tão grande que impede muitas mulheres de sair daquele emprego que não gostam e de viver a vida que realmente gostariam de viver. É aquela famosa frase: O medo faz as pessoas terem tanto receio de não ganhar, que elas nem sequer tentam. 

Recentemente eu fiz uma breve pesquisa no Instagram do Mais Empresárias indagando sobre o principal medo que elas enfrentaram para iniciar o seu negócio e a maioria das respostas estavam relacionadas à família. Algumas tinham medo de falhar e de alguma forma isso afetar a vida familiar, emocionalmente e financeiramente. Outras, de ouvir de quem nunca apoiou, a frase: – Eu te avisei! E outras ainda temiam deixar a família em segundo plano pela pressão que ter o próprio negócio exige. E sabe o que é mais louco? Nenhuma das razões mais temidas pelas mulheres entrevistadas tinha a ver de fato com o exercício de empreender, eram limitações externas que falavam mais sobre o fracasso no suposto “papel social” da mulher, do que a competência como profissional.

E como faz então?

Quanto a isso, o que gostaria de dizer a vocês, é que conversar com nossos próximos e obter esse apoio é de extrema importância para se manter saudável e consequentemente manter saudável sua empresa. Certa vez, uma empresária, dona de uma papelaria personalizada para festas me disse que quando o negócio aperta e a demanda aumenta, os dois filhos e o marido botam a mão na massa também para que ela consiga cumprir os prazos. A gente precisa estar bem com a gente para dar o nosso melhor no negócio e isso envolve estar bem com a família. Por isso, procure conversar e chegar a uma solução que seja agradável para todos.

É importante, antes de qualquer coisa, racionalizar o medo. Perguntar a si mesma de verdade o que mais assusta e dá medo. Por exemplo, se o seu medo de empreender está relacionado a perder o dinheiro. O que você pode fazer para minimizar esse risco? Estudar mais? Investir menos? Teme largar o emprego e nada dar certo? Quais suas opções caso isso ocorra? Seria possível empreender sem abandonar o emprego? Empreender nas horas vagas? Racionalize, questione-se e aja.

Esta não é uma publicação de julgamento, e sim de reflexão. O empreendedorismo não está reservado apenas para pessoas destemidas. Muito pelo contrário, o medo te faz medir as consequências, comparar situações , analisar contextos, enfim colocar os pés no chão. E em vez de evitá-los, abrace-os e use-os como um medidor do que você precisa aprender e superar para chegar ao topo do sucesso como empreendedora. E quanto a minha amiga, ela ainda não aceitou o emprego. Apesar de todos saberem o quanto ela é perfeita para o ofício, o medo está deixando essa decisão em “banho-maria”.

E você, o que estaria fazendo hoje, se tivesse sido mais forte que o seu medo?

Raquel Omena

é especialista em negócios digitais, editora da coluna Mais Empresárias
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