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Tem uma habilidade? Venda nas redes sociais

Tem uma habilidade? Venda nas redes sociais

Nas redes sociais do Mais Empresárias, e até no blog, é super comum recebermos mensagens de mulheres que querem começar a empreender, mas o pouco recurso é um empecilho, tendo em vista a imprevisibilidade do mercado e o caos econômicos que estamos vivendo. Eu insisto que nada é mais seguro do que montar seu negócio online, eu sempre bato nessa tecla, porque acredito ser a melhor forma de começar. Não entendo como as pessoas preferem complicar em vez de fazer o simples.

Quer ver como o simples é simples? Imagine sua habilidade, pense naquilo que você sabe fazer. Seja algo que você já faça no seu emprego, algo que você fazia antes de ser desligada da empresa que você trabalhava ou até aquele hobby que você adora, mas ainda não tinha pensado como modelo de negócio. Agora que você já pensou nisso, como você poderia transformar essa habilidade em um negócio próprio e rentável?

A partir daí, você já tem a possibilidade de oferecer algo nas suas redes sociais. Se você não tem como contratar um profissional para elaborar suas artes nas redes, utilize o Canva (plataforma gratuito para criação de artes gráficas) ou faça fotos você mesmo, faça vídeos, stories, fale sobre o assunto.

Tá começando, não tem cliente? Pense nos seus amigos, encaminha uma mensagem legal, por lista de transmissão no whatsapp informando que agora você oferece tal serviço. Peça a seus contatos que a indiquem caso conheçam alguém que precisa desse serviço ou produto. Informe que podem te procurar no telefone X, no Instagram X. Comece aos poucos, com o que você tem e como você pode. Se você só consegue atender 5 clientes, atenda 5 clientes. Se você trabalha o dia inteiro e só pode atender a demanda aos finais de semana. Programe-se para que você não deixe seu cliente na mão. Contrate pessoas só quando estiver entrando dinheiro.

A verdade é que as redes sociais viraram um grande formato de validação de negócio, com baixo custo e sem grandes complicações para encerrar as atividades. Se por alguma desventura, você descobrir que o negócio não é para você, exclua seu instagram e encerre as atividades.

A gente perde muito tempo querendo começar do topo, quando a melhor forma de começar é com o seu caixa azul na hora da prestação de contas. Comece devagar e faça o seu negócio ser o investidor do seu negócio. A cada novo cliente, a cada venda, a cada novo contrato fechado, você reinveste e assim vai moldando a sua futura empresa. 

Precisa de exemplos?

A empresária Dani Baratella começou sua Loja de bijuterias e acessórios inteiramente no Instagram

A jovem empreendedora Daniela Baratella, começou a empreender exclusivamente pelo Instagram. Segundo a empresária, em entrevista para a Folha de São Paulo, a ideia era fazer o marketing “99% via instagram” e atingir o público feminino jovem interessado em bijuterias. No seu perfil (@danibaratella), é possível encontrar uma enorme variedade de bijuterias e acessórios. Hoje, além de Daniela já contar com a ajuda de outros funcionários, ela optou por investir no ambiente digital e montou seu próprio e-commerce. Vocês percebem a oportunidade que podemos desfrutar graças a essa modernidade que nos permite trabalhar num modelo que seria impensál anos atrás?

Outra história que acho muito legal é a da @brigadore. Segundo o site E-commerce na Prática, Thiago Castro nunca escondeu sua paixão por comida – principalmente por doces como o brigadeiro. Quando terminou a faculdade, percebeu que o que realmente queria fazer era se dedicar à culinária. Então criou, em 2012, a marca Brigadore, especializada na produção de brigadeiros, e começou a fazer vendas no Instagram. O sucesso foi tanto que, em outubro do mesmo ano, ele abriu a primeira loja física.

Thiago Castro, concentra toda a sua comunicação na rede social e garante que 80% da sua clientela vem de lá

Agora falando da realidade em números, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que cerca de 700 mil pessoas passaram a fazer parte da estatística do desemprego nas duas primeiras semanas de junho no Brasil, o que elevou o índice de desocupação de 11,8% para 12,4%. Segundo a revista Forbes, “apesar das tendências negativas e impactantes, o brasileiro tem levado ao pé da letra a ideia de que crise gera oportunidade. Entre 7 de março e 4 de julho deste ano, o Portal do Empreendedor registrou 551.153 novos microempreendedores no país, 16.788 a mais do que no mesmo período de 2019”.

Ou seja, enquanto você passa anos esperando ter o dinheiro necessário para começar, muitos começaram “do nada” e cresceram rapidamente aproveitando o cenário e as ferramentas que tinham em mãos. Inclusive, citei esses dois exemplos acima para que vocês possam visualizar o que eu enxergo quando o assunto é mercado digital. E a melhor parte disso é que conforme seu capital for crescendo, você decide se vai querer abrir uma loja física, ou melhorar os seus recursos digitais. Mas isso, quando chegar a hora, você vai saber qual a melhor decisão a se tomar. O importante é que até lá você já criou a marca, divulgou o seu nome, e, mesmo que pelo famoso “boca a boca”, a sua empresa não é mais uma ideia, é um projeto piloto que vai ser muito melhor do que qualquer plano de negócios baseado em achismos.

Você não precisa arriscar muito pra começar, basta uma boa ideia, disposição e foco. E você pode começar agora mesmo! Neste exato momento. Experimente!!

Raquel Omena

é especialista em negócios digitais, editora da coluna Mais Empresárias
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