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Novas regras para habitação vão beneficiar setor imobiliário

As novas regras do programa Casa Verde e Amarela, do governo federal,  trazem benefícios para as construtoras que atuam com imóveis para o público de baixa renda. Além das mudanças anunciadas na redução de juros e o aumento do subsídio nos produtos da faixa econômica, a priorização dos recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), traz melhoria para a aquisição de imóveis e vai fomentar o mercado local.

Construtoras enquadradas no programa que atuam  com imóveis da faixa econômica se animam. O superintendente da Morar Mais Empreendimentos e diretor da Comissão da Indústria Imobiliária da Ademi, Henrique Medina, frisa que são várias mudanças. A primeira é a ampliação do teto do valor do imóvel. “O programa tinha um teto que na nossa cidade era de R$180 mil e aumentou em 10%, agora R$ 198 mil agora é o valor e  para quem está adquirindo a sua primeira unidade habitacional tem vários benefícios. O maior deles é esse recurso ser financiado pelo FGTS. São juros mais baixos. 

De acordo com Medina, com essas novas medidas o governo reduziu as taxas de juros para o Norte e Nordeste em 0,5 ponto porcentual. “Sem sombra de dúvida é um benefício muito grande para quem pretende adquirir um imovel popular. Aumenta a base da pirâmide. A partir do momento que você disponibiliza no mercado produtos com capacidade de absorver rendas mais baixas –  valores de prestações mais baixos – você consegue aumentar a quantidade de pessoas nessa escala”. 

Para o empresário e representante do setor, é um momento importante, considerando o cenário em que as taxas de juros estão aumentando, e os empreendimentos são financiados com recursos da poupança e estão atrelados à taxa Selic. “A partir do momento em que o governo volta incentivar imóveis de baixa renda do programa, os incorporados podem focar as suas vendas e desenvolvimento imobiliários em unidades com valores mais baixos para tentar absorver a maior quantidade de clientes. O mercado aceita e vê essa decisão com muita alegria e aguardando que impulsione o mercado com um volume maior de vendas”. 

O presidente da Ademi-AM (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Amazonas), Albano Máximo, afirma que essas mudanças eram muito esperadas pelo setor, e ressalta que a prioridade do FGTS para a aquisição de imóveis é um ponto fundamental. “Muitas outras atividades estavam sendo realizadas por meio desse fundo. É um benefício finito e agora terá um direcionamento e prioridade dentro do sistema”. 

Ele reforça ainda que as famílias das regiões Norte e Nordeste,  com renda mensal de até R$2 mil terão taxa fixada ao ano de 4,25%, cotistas do FGTS, para os mutuários não cotistas 4,75%. 

O dirigente também ressalta que a taxa de juros de até R$2 mil mensais em prestações,  representa cerca de 80% da demanda existente no país. O que resultará em prestações mais baixas que cabem no bolso do consumidor. “Com certeza mais pessoas poderão adquirir imóveis. As modificações no programa devem causar um impacto em curto prazo e isso será incorporado nos próximos empreendimentos que serão lançados”.  

Somente neste segundo semestre há previsão de 14 lançamentos, número significativo, considerando  que esse quantitativo representa o total de novos empreendimentos registrados no ano passado.   

Saiba mais

O programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida) atende a famílias com as faixas de renda mensal de até R$2 mil, de R$2 mil a R$4 mil e de R$4 mil a R$7 mil.

Por dentro

Norte e Nordeste: 4,25% ao ano para cotistas do FGTS e 4,75% para não cotistas

Sul, Sudeste e Centro-Oeste: 4,5% para cotistas do FGTS e 5% para não cotistas

Renda de R$ 4.000 a R$ 7.000: nesse caso, as novas taxas são as mesmas no país todo: 7,16% ao ano para cotistas do FGTS e 7,66% para não cotistas.

Foto/Destaque: Adalberto Marques/Integração Nacional

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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