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Norte é a última fronteira no segmento de shoppings

A entrada de novos players movimenta a indústria de shopping centers no Brasil, considerada um filé por empresas de capital externo, como BR Malls, que lidera o setor junto de outra gigante, a Multiplan. De olho em uma fatia deste bilionário setor, grupos como o paulista Urbia, junto da Premium e da construtora WTorre, associam-se para explorar novos espaços, como a região do Pará. Elas brigam por um mercado que movimentou cerca de R$ 75,59 bilhões em vendas reais em 2009 e que deve crescer mais de dois dígitos até o fim deste ano.
No interior do Pará, a classe de maior poder aquisitivo está em franca expansão, fato que se deve à chegada de empresas, como a Vale, à região – no caso, à cidade de Parauapebas, além de Marabá, que também atraiu outra empresa com interesse em atuar no segmento de centros de compras: a Leolar, que administrará o Shopping Pátio Marabá em 2012.
Em Parauapebas, que fica a 700 quilômetros da capital paraense, Belém, a ida de indústrias devido ao minério existente na região tornou o local uma cidade literalmente considerada um canteiro de obras.
A cidade é a quarta de melhor desempenho no comércio exterior em 2009. Prova disso é que, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) nacional cresceu 3,53%, no sudeste do Pará a expansão foi de 5,16%, conforme dados apontados pelo Mdic (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) no ano passado.
Na contramão dos principais players que buscam crescimento regional no país inteiro, a empresa paulista Urbia, que atua há dois anos no mercado, tem o foco voltado às Regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste e ao interior de São Paulo. A empresa analisou negócios no Pará e tem previsão de inaugurar o primeiro shopping da região de Parauapebas em fevereiro de 2011. O Shopping Unique já conta com pesos pesados em seu mix de lojas, como a rede Walmart. As lojas confirmadas para o empreendimento são O Boticário, Visão, Lojas Americanas, Lojas Marisa e Circuito Cinemas, com quatro salas. O centro de compras terá capacidade de 146 lojas. Um terço das obras do shopping está em fase adiantada e receberá aporte de R$ 46 milhões, dos quais R$ 30 milhões serão financiados pelo Banco da Amazônia, que tem como prioridade a liberação de créditos para obras nas Regiões Norte, Centro-oeste e Nordeste do Brasil.

Meta é atender às necessidades de serviços e conveniência dos clientes finais

Novo player do setor, a Urbia tem ainda projetos de shoppings em Indaiatuba e em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, além de estar em fase de negociações para construir empreendimentos comerciais em Santarém, no Pará, e em Boa Vista, em Roraima. A empresa prevê atuar em mais uma cidade, ainda não definida, no interior do Ceará.
Os empreendimentos ainda não têm valor estimado, mas, segundo o presidente da empresa, André Agostinho, o intuito é ir na contramão de investidores de grandes shoppings que atuam nas capitais da região Sudeste, por exemplo. “Nosso objetivo é atuar em centros comerciais, shoppings de vizinhança e de comunidade que atendam às necessidades de conveniência, de serviços e de convivência dos clientes finais”, explicou o presidente da Urbia, André Agostinho. A Urbia também entra em Marabá, com aquele que será o segundo shopping do interior do estado.

Segundo semestre

A previsão é que o local receba investimento estimado em R$ 125 milhões, dos quais R$ 60 milhões sejam financiados pelo Banco da Amazônia. O empreendimento deve ficar pronto no segundo semestre de 2011, terá 226 lojas e contará com uma bandeira Walmart.
No Pará a briga vai ser maior ainda com a entrada do grupo Leolar, que apesar de atuar na região há 25 anos chega agora ao mercado de shoppings, com a criação do Shopping Pátio Marabá. O grupo, cujos olhos estão inteiramente voltados para o interior do Pará há 25 anos, deve inaugurar esse empreendimento na cidade de Marabá cerca de seis meses depois do projeto da Urbia, ou seja, em abril de 2012.
O local contabiliza que irá receber aporte de R$ 150 milhões, montante do qual uma parte será financiada pelo Banco da Amazônia. “É um empreendimento que movimentará ainda mais a nossa economia”, afirmou, ao DCI, o presidente do Grupo Leolar, Andrey Rocha.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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