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Acordo pode impulsionar o PIM

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Em Manaus, um acordo firmado entre a Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) e o INDT (Instituto de Desenvolvimento Tecnológico) vem promovendo ações que visam fomentar o mercado de TICs (empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação). A ideia é compartilhar com as startups e com as TIC já instaladas na capital amazonense, um portfolio de programas de aceleração, internacionalização, apoio à exportação, qualidade no desenvolvimento de software, formação de mão de obra especializada e acesso a recursos financeiros.
De acordo com o CFO (vice-presidente de administração e finanças) da Softex, Fabian Petrait, pelo acordo assinado no mês passado, o INDT passará a atuar como único Agente Credenciado Softex no Amazonas. “Como parte da estratégia de conferir mais competitividade e musculatura às empresas nacionais, sentíamos a necessidade de expandir a nossa atuação para a região Norte e isso só foi possível graças à forte sinergia com o INDT, que incorpora ainda mais valor à nossa rede por sua tradição no desenvolvimento de projetos de P&D”, destacou.
Segundo Petrait, a ZFM (Zona Franca de Manaus) colaborou para a criação de um ecossistema inovador e estimulou o desenvolvimento de novas tecnologias. “As empresas locais poderão agora se beneficiar de nossos programas e seguiremos fomentando o estímulo à criação de novas empresas de base tecnológica. Lembrando que segundo o ICE (Índice de Cidades Empreendedoras 2014) da Endeavor, Manaus ocupa a décima posição entre as 14 cidades mais empreendedoras do país”, frisou.
Assim, a Softex anuncia a expansão de sua presença geográfica para a região Norte do país com o credenciamento do INDT que é um Centro de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento).
Atuando em cooperação com empresas, governos, universidades e outros centros no Brasil e também no exterior, como seu Agente Regional em Manaus.
De acordo com o presidente do INDT, Geraldo Feitoza essa parceria prevê, entre outras iniciativas, a realização de ações estratégicas de estímulo e retenção de profissionais de TI (Tecnologia da Informação), estímulo à disseminação da língua inglesa para os programadores, promoção do empreendedorismo e apoio à inovação, aproveitando, inclusive, a expertise do INDT. “Nosso histórico local nos permitiu construir uma ótima relação com a comunidade desenvolvedora e considero isso um de nossos maiores ativos. O ambiente empreendedor e de inovação de Manaus é bastante vibrante, com um grande número de indústrias atraídas pela zona franca e muitas startups”, disse. Na avaliação de Feitoza, em Manaus existe uma demanda reprimida no mercado de TICs, com a falta de apoio de programas, como os desenvolvidos pela Softex. “Paralelamente à vocação manufatureira que se estabeleceu na região, acreditamos que é possível também agregar ainda mais valor, transformando-a em um polo de alta tecnologia e inovação. Por isso é tão importante para nós poder atuar como um Agente Regional da entidade”, concluiu.

Saiba mais sobre a Softex

A Softex é a entidade executora das políticas públicas de apoio ao setor de software e serviços de TI do governo federal. Ela cuida, por exemplo, dos projetos de exportação realizados com a Apex-Brasil, do programa de aceleração StartUp Brasil e do projeto de estímulo à formação de programadores Brasil Mais TI. Desde sua criação, em 1996, é gestora do Programa para Promoção da Excelência do Software Brasileiro -Programa Softex, considerado prioritário pelo Mctic (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações).
Fundado em 2001 e com unidades em Manaus e Brasília, o INDT é um centro de P&D privado e independente que desenvolve soluções em design, hardware, software, conectividade e gestão ágil de projetos por meio da contratação direta para os setores bancário, eletrônicos de consumo, logística, manufatura, varejo, telecom e utilities.

A convite do Jornal do Commercio, o diretor comercial do INDT, André Erthal, esclareceu algumas questões sobre o mercado de TICs (empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) que vem ganhando destaque em Manaus. Segundo ele, a cidade conta com 400 empresas de TICs que são responsáveis por mais de três mil empregos diretos. Um dos pontos relevantes desse mercado é a grande demanda da indústria por soluções tecnológicas quem visam aumentar a competitividade.

Jornal do Commercio – Quais são as ações específicas para começar esse trabalho em Manaus?
André Erthal – Inicialmente, o mercado da região foi mapeado para se entender o potencial do mercado da indústria de software e serviços ligados a TI. Deste modo podemos planejar as ações específicas de apoio a este mercado, dentre elas investimentos em capacitação, empreendedorismo e startups, apoio com infraestrutura, dentre outras. O INDT já conta com parcerias com universidades locais e no exterior que irão contribuir decisivamente para o trabalho.

JC – Qual a abrangência dessas ações e os benefícios para a capital amazonense?
AE – Estudos indicam que os empregos gerados em empresas de base tecnológica têm uma participação muito grande na geração de empregos indiretos. Espera-se que, no futuro, as ações de apoio às empresas de TIC existentes – bem como a criação de novas empresas -estimulem muito a economia local, através de novos postos de trabalho e estímulo ao empreendedorismo e inovação. Acreditamos que Manaus possui um enorme potencial para se tornar um polo nacional de geração tecnológica, reconhecido internacionalmente. As pessoas daqui têm um perfil muito empreendedor e o apoio da Softex será fundamental para alavancar este mercado.

JC – Como tornar as empresas instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) mais competitivas para o mercado nacional e, principalmente, para as exportações?
AE – O principal objetivo das ações da Softex e seus agentes regionais é apoiar as empresas de base tecnológica (TICs). São estas empresas que irão prover as soluções e inovações para as empresas de manufatura do PIM, de modo que o aumento da competitividade das empresas do Polo Industrial está, de certa forma, diretamente ligado ao nível tecnológico das soluções locais. As consequências podem ser diversas, desde a redução de custos ao aumento da qualidade dos produtos -tornando-os competitivos no mercado internacional. As exportações de Software e Serviços de Tecnologia também são alvo da Softex através de projetos de promoção de exportações no setor.

JC – De onde vem os recursos financeiros para viabilizar as ações do Instituto e qual o montante destinado para Manaus?
AE – Os recursos são oriundos de diversas fontes, desde incentivos governamentais como o Prosoft, recursos de incentivo a Pesquisa e Desenvolvimento da indústria local, a exemplo da Lei do Bem e Lei de Informática, investimentos de Venture Capital, entre outros. Os valores vão depender do planejamento em andamento para as ações de apoio bem como o número de empresas de TICs associadas.

JC – Qual o tempo estimado para começar a aparecer o resultado dessas ações, aqui em Manaus?
AE – Esperamos já contar com resultados das iniciativas ainda este ano, criando uma base de empresas de TI associadas ao Sistema Softex através do INDT. Durante o ano de 2017 estamos planejando vários eventos e ações que serão divulgadas em breve.

JC – Quais são as expectativas em relação ao potencial da cidade de Manaus?
AE – Manaus conta com cerca de 400 empresas de TICs que são responsáveis por mais de 3.000 empregos diretos. Aliados aos novos profissionais de tecnologia, que saem das universidades todos os anos, formam um enorme potencial para tornar a região um verdadeiro Polo de Tecnologia. Outro ponto relevante é a enorme demanda da indústria por soluções tecnológicas para atender as demandas latentes e aumentar a competitividade.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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