O surto de gripe e o avanço da variante ômicrom entre tripulantes e a população em geral forçaram empresas áreas a anunciarem cancelamento de voos. A suspensão é vista com preocupação pelos operadores de viagens, mas ao mesmo tempo, especialistas consideram que aumentar as medidas de segurança é fundamental para manter o mercado ativo.
Roberto Haro Nedelciu, presidente da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), a variante ômicron impactou fortemente as consultas para viagens internacionais, mas não trouxe cancelamentos. O doméstico continua forte e antes mesmo da chegada da ômicron muitos destinos já estavam com altos índices de ocupação para as festas de fim de ano e férias de janeiro
As pessoas continuam querendo viajar e o foco é na busca por alternativas seguras e possíveis para fazer a tão sonhada viagem. A dica é se atentar aos protocolos de saúde gerais e também do destino, sobretudo no caso internacional. O papel das operadoras de fornecer informações reais e atualizadas, além de total assessoria para os viajantes, está sendo muito valorizado, por conta das constantes mudanças de cenário e protocolos.
Vale ressaltar que o avanço da imunização no Brasil, aliado aos protocolos de segurança amplamente difundidos pelo setor continuam sendo de extrema importância para uma viagem segura e satisfatória.
Na avaliação de Juliana Parmiggiani, docente dos cursos de Turismo e Hospitalidade do Senac EAD, em primeiro lugar, é preciso reforçar que as empresas de hospedagem devem ter consciência que as ações de biossegurança são fundamentais para atender a clientes e funcionários ou prestadores de serviço.
A disponibilização do álcool gel para higienização continuará a ser exigida, além dos equipamentos de proteção individual (EPIs) como luvas e máscaras para os trabalhadores que atuam na limpeza. “Dessa forma, os colaboradores estarão seguros e os clientes sentirão confiança nas ações preventivas do estabelecimento”, argumenta Juliana.
Outro cuidado que deve ser priorizado pelos empresários são as informações atualizadas sobre a Covid-19. O mapeamento de risco da região pode sofrer alterações e, por isso, é necessário averiguar os dados com frequência.
“A matriz de risco dos estados e municípios, adotada no monitoramento da pandemia, utiliza as seguintes cores: vermelho (gravíssimo), laranja (risco grave), amarelo (risco alto) e azul (potencial moderado). Por isso, mudanças nesse status podem significar alterações no planejamento das atividades”, pontua a docente do Senac EAD.
Tecnologia como aliada
Fábio Souza , analista de negócios do Sebrae-AM, enfatizava lá atrás, que para o setor se sobressair e manter o fortalecimento do mercado é necessário priorizar a segurança. “Hoje o turista está muito mais ‘antenado’ em relação a viagens. É necessário seguir os protocolos de segurança e atentar as atividades que não podem ser com aglomerações. Para o turista, quanto menos, melhor. Ele quer ter essa confiança”.
Pesquisa da tecnologia de viagens da Amadeus que ajuda as empresas a se conectarem ao ecossistema global de viagens, informou que o nível de conforto no uso de dados digitais de saúde é alto. À medida que a vacinação avança levarão as pessoas a adotar novas tecnologias para viajar.
“Se a gente tem essa possibilidade é importante usar a tecnologia a favor do mercado. Aplicativos com notificações de alerta onde tem menos riscos. Pagamentos por celular, evitando usar cartões, documento de embarque digitalizado, entre outros. Essa mudança é fundamental no panorama atual”, ressalta Fábio Souza.