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Mercado de seguros se adapta ao novo normal

Mercado de seguros se adapta ao novo normal

Um levantamento da TEx Tecnologia, insurtech especializada em soluções online para o mercado segurador, revela características do seguro auto em Manaus, como tipo de veículo e perfil do condutor, além de dados sobre a cotação de seguro auto durante a pandemia.

Cada região do Brasil possui suas peculiaridades em relação ao seguro. Na região Norte, especificamente em Manaus, as motos lideram as cotações de seguros. “Dos 10 veículos mais cotados, 4 são motos. Sendo que a CG 160 e NXR 160 lideram na região. Já quando falamos em automóvel os líderes são o Onix, Argo e Prisma”, explica Genildo Dantas, gerente de inteligência de dados da TEx Tecnologia.

O seguro novo de um Onix em Manaus, por exemplo, custa em média R$ 3.886 para um homem de 18 a 25 e anos e solteiro. Já para uma mulher de 56 ou mais casada reduz para R$ 1.557. “A grande variação de preço é justificada pelo comportamento mais agressivo na direção dos mais jovens que acabam se envolvendo mais em acidentes e também mais expostos a roubo e furto”, explica Genildo Dantas.

Outro exemplo encontrado no levantamento da TEx Tecnologia é em relação ao seguro novo para uma S10 Cabine dupla. Em Manaus o seguro custa em média R$ 6.250, porém o mesmo veículo na região Metropolitana de São Paulo pode custar mais de R$ 10.500. A explicação está nas maiores taxas de roubo e furto em São Paulo ao se comparar com Manaus.

Durante a pandemia a região também sofreu com a redução na procura por seguro auto, com queda de quase 60% nas cotações de seguro nas primeiras semanas. Mas, na última quinzena de junho houve uma importante recuperação, atingindo 83% do volume de cotações antes da pandemia.

O corretor de seguros, Timóteo Ibernom, avalia um cenário favorável para o setor, com aumento na demanda. 

“Em nossa região é uma excelente opção devido aos altos valores em tudo, então o consumidor acaba refletindo sobre os custos, com a volta das atividades aos poucos do comércio, percebemos que muitos estão saindo de casa, com isso elevando o risco entre os automóveis circulando, isso faz com que os clientes nos procurem”. 

Para ele, o mercado local é próspero sempre com fases boas. Apesar de ter perdido força entre os meses de março e maio. O setor esteve bastante aquecido mesmo antes da pandemia “temos bastante mercado para prospectar. Tivemos uma queda natural, em função do quadro do coronavírus,  mas retornamos muito bem em junho. Temos bastante mercado para prospectar”.

Entre os tipos de veículos mais cotados para a contratação dos serviços ele diz que depende muito do porte dos carros, mas considera que a grande procura para realização de seguro, em média, são veículos que custam a partir de R$ 40.000,00.

Por fim, ele estima que o setor deva  manter-se intenso “o mercado local no setor automóvel era bom antes mesmo da pandemia, mas agora a tendência é de uma procura para proteção do bem, que não deixa de ser uma ferramenta para todos nós”. 

Quem também confirma que o mercado de seguros no Amazonas alavancou é o corretor Júlio Oliveira. Isso porque o setor acompanhou o aumento no número de venda de veículos automotivos na capital. De acordo com a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), entre os meses de maio e junho mais de dois mil veículos foram vendidos. Já no mês de junho, os números ultrapassaram três mil vendas. 

“O setor está numa crescente muito boa. A demanda pela compra do automóvel continua aquecida, apesar de uma queda durante a pandemia. Mas está retomando nesta pós-pandemia. Isso tem refletido muito no setor de seguros de automóvel”, conta o corretor de seguros garantindo que a contratação dos serviços continua sendo uma excelente opção. “Vantagens para que compra o seguro: Está totalmente amparado em caso de roubo, furto, danos no seu veículo tanto de forma parcial ou total; protegendo assim seu patrimônio”. 

Desempenho teve queda

O presidente da Sincor-AM/RR (Sindicato dos Corretores de Seguros do Amazonas e Roraima) e vice-presidente da Fenacor Norte (Federação Nacional dos Corretores de Seguros), Jair Fernandes, afirma que o comportamento do setor de seguros no estado do Amazonas, embora sendo pujante, vem absorvendo os reflexos da crise que estamos vivenciando. “A indústria de automóvel, em geral, deu uma desacelerada e, automaticamente, impactou no mercado de seguros”. 

De acordo com o dirigente, a demanda por seguros de automóvel em no estado apresentou, de janeiro a maio deste ano de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado, um índice negativo em torno de -5,5%.

“O “risco” é a grande base para se apurar o valor do seguro, porém para medir esse risco há algumas variantes, as quais são levadas em consideração para se chegar ao prêmio de cada apólice. Como exemplo: considera-se, dentre outros, os dados do veículo, o perfil do segurado e do condutor, o uso e os valores das coberturas dos danos materiais e corporais.

O valor do seguro, o qual denominamos de prêmio, é individual, mesmo que o veículo seja da mesma marca e modelo, pois as coberturas contratadas e o perfil de cada condutor/segurado causam diferença do valor”. 

Há grandes e indispensáveis vantagens no seguro de automóvel, pois conforme as coberturas contratadas, possibilita o reparo ou a indenização por perda total do veículo segurado e cobertura dos danos materiais e pessoais causados a terceiros. Inclusive danos morais. As coberturas atendem, desde uma pequena batida, roubo, incêndio até vítimas fatais e invalidez. Há também, várias coberturas acessórias ou complementares como assistência de guincho, carro reserva, pequenos reparos e outros.

“A contratação de seguro de automóvel, assim como de qualquer outro ramo de seguro, deve ser feita através de um “Corretor de Seguros” que é o profissional devidamente habilitado e registrado junto à SUSEP para intermediar as contratações junto às companhias seguradoras e o segurado, possibilitando segurança e a garantia de um bom negócio”, afirmou Jair Fernandes.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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