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Mercado de cosméticos se destaca na pandemia

As vendas de cosméticos aqueceram o mercado de beleza durante a pandemia.  A procura por produtos de cuidados pessoais tiveram incremento em todos os nichos do mercado. O levantamento da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), considera o dinamismo do setor em todo país.

O segmento de perfumaria foi o que apresentou a melhor performance no Brasil, atingindo alta de 22%. Os produtos de higiene pessoal segue com alta e fechou o primeiro quadrimestre com crescimento de 11,4% em vendas ex-factory (na comparação com o mesmo período de 2020),

No primeiro quadrimestre de 2021, a categoria de sabonetes obteve uma alta nas vendas de 23%; a de xampus +2% e condicionadores +1%, todos dados em vendas ex-factory, em comparação ao mesmo período de 2020.

Quem também garantiu bom resultado foi o ramo de tratamento capilar que segue em crescimento de dois dígitos +18%, área de atuação da terapeuta capilar e empresária do setor, Cleice Costa, do Universo Cacheado. 

De acordo com a especialista,  o setor sofreu bastante com os efeitos causados pela pandemia, período em que a renda diminui drasticamente. “O impulso no segmento foi motivado pela retomada das atividades”. 

“Em relação ao mesmo período antes da pandemia, observamos um crescimento de 30% nas vendas de serviços e produtos. Nosso ticket médio por cliente saltou de R$ 167 para R$ 239. Isso também muito se deve à abertura da nossa nova unidade”. 

Ela diz que a procura por tratamentos para o cabelo natural movimentou o setor. 

“É um nicho que só cresce em Manaus e no Brasil, em 2005 quando iniciei as atividades do Universo Cacheado, apenas nosso salão era dedicado aos cabelos encaracolados, hoje a demanda de salão buscando nossa especialização é crescente inclusive em outros Estados como Pará”, conta ela.

A demanda pelos serviços está aquém do esperado, tanto que Cleice diz estar de malas prontas para a primeira quinzena de agosto, onde ela e a equipe irão ministrar cursos para cabeleireiro em Santarém, no Pará. “Iremos certificar vários cabeleireiros ensinando nossas técnicas de podas (corte) e finalizações e colorimetria exclusivas para cabelos cacheados”. 

As vendas dos produtos também geraram incremento. Cerca de 30% do lucro dos salões vem da venda de produtos. “Posso falar com prioridade do nicho ao qual atuo, hoje oferecemos além de  higienizadores, cremes de pentear etc, acessórios exclusivos como fronhas de cetim, touca difusora para secagem dos cachos, touca dupla face para cliente dormir e acordar com seus cachos perfeitos, touca acetinada impermeável para banho. A crise deu um sacode em minha empresa e sempre estou em busca de inovações para ajudar as cacheadas manauaras”. 

Outros números 

Ainda conforme a pesquisa da Abihpec, no segmento de cosméticos, a categoria de “maquiagem para as unhas” foi o grande destaque, com um crescimento de 8,7%, puxado por lançamentos de edições limitadas de esmaltes, que tiveram ampla divulgação, principalmente com ações nas redes sociais, com foco em grupos diversificados de consumidores.

Além disso, o esmalte é um produto consumido por vários elos da cadeia, como manicures, salões de beleza, esmalterias e pelo próprio consumidor final, que encontra o produto em distintos canais de vendas.

A chegada do outono e do clima mais seco, associada à maior recorrência de banhos, também impulsionaram a categoria de produtos de cuidados com a pele com o corpo, com isso, os hidratantes corporais apresentaram um crescimento de 40% em vendas ex-factory nos primeiros quatro meses de 2021, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Outra categoria de produtos que ganhou importante papel na pandemia foi a de cuidados com a pele do rosto, que se manteve estável no período. Os destaques foram os tônicos faciais, com crescimento de 23%; e os produtos anti-acne, com alta de 28%, ambos em valor de vendas ex-factory.

“A máscara de proteção facial individual se tornou indispensável no dia a dia, e o uso frequente dela pode aumentar a oleosidade da pele e a formação de espinhas no rosto. O crescimento do consumo destes produtos pode estar relacionado a este movimento de uso de máscara de proteção facial”, explica o presidente-executivo da Abihpec.

Já o segmento de tissue, que contempla papel higiênico, toalha de papel multiuso e lenço de papel, apresentou queda de vendas ex-factory de (-17,9%), em função ainda do impacto nos preços praticados no varejo, da alta dos custos dos insumos, indexados em dólar.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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