A mobilidade urbana da cidade de Manaus voltou a ser tema de debate na Aleam (Assembleia Legislativa) pelo deputado Marcelo Ramos (PSB) na manhã desta quarta-feira (8). Ele disse que não se conforma que o Amazonas tenha à sua disposição R$ 800 milhões, desde janeiro de 2010, para obras de infraestrutura urbana, e até hoje não tenha utilizado nenhum centavo.
De acordo com Ramos, as obras de infraestrutura urbana não começaram “e parece que não há interesse para que isso aconteça”. “A situação de mobilidade urbana vai ficando cada vez mais difícil, a cidade já não comporta mais tanto engarrafamento, em alguns casos, decorrentes de prego nos coletivos”, destacou, ressaltando que as empresas que ganharam a licitação não têm crédito para comprar ônibus novos.
Segundo Ramos, se a única obra para a Copa for a Arena, não vale a pena, porque deveria ser a oportunidade de resolver o problema de mobilidade de trânsito, de reordenamento do Centro de Manaus, os problemas de saneamento, portos e aeroportos.
“A dívida que vão deixar com a construção da Arena não compensará o mínimo legado que ficará após a Copa”, apontou.
O parlamentar destacou que, de todas as obras relacionadas à Copa de 2014, apenas uma está em andamento, que é a Arena. “Fora isso, nada foi feito até agora”, lamentou.
O líder do governo na Aleam, Sinésio Campos (PT), acredita que a pressão que o governador Omar Aziz está fazendo em Brasília, juntamente com a bancada federal, já começou a surtir efeito. “O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que o aeroporto fica pronto antes da Copa”, informou.
Quanto à mobilidade terrestre, Sinésio admitiu ser um problema que angustia a todos, citando como exemplo a zona Leste, cuja população está perdendo a paciência.
“Vou na esteira de vosso pronunciamento”, admitiu. O deputado José Ricardo (PT) disse que lutaram para trazer a Copa para Manaus e agora não resolvem nem os problemas de infraestrutura urbana que são cruciais para o evento.
Destaque
Segundo Ramos, se a única obra para a Copa for a Arena, não vale a pena, porque deveria ser a oportunidade de resolver o problema de mobilidade de trânsito, de reordenamento do Centro de Manaus, os problemas de saneamento, portos e aeroportos
