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Manaquiri ganha usina de extração de óleo vegetal

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Apartir de recursos superiores a R$ 300 mil, o município de Manaquiri, situado 64 quilômetros a sudoeste de Ma­naus, no Amazonas, vai inaugurar sua primeira indústria em 2008.

A miniusina de extração de óleo vegetal, com inauguração prevista para março deste ano, é resultado de uma parceria entre o Sebrae-Amazonas (Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa no Amazonas) e um grupo de 39 famílias de agricultores e coletores de ervas e sementes das comunidades Cai N’água e Bom Intento, ambas a 40 minutos de barco da sede de Manaquiri.

A Prefeitura Municipal de Manaquri apoiou a parceria, e o dinheiro para a construção do prédio da usina e aquisição de máquinas e equipamentos foi adquirido junto ao Provárzea (Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea).

“Faltavam remédios, comida e combustível. A gente tinha medo do futuro. Hoje, muitos dizem que a indústria vai atrair investimentos ao município”, contou o agricultor Antônio Ribeiro Santa Rita, ao lembrar da estiagem que isolou mais 21 municípios no Amazonas em 2005, com a forte seca.

A diretora-técnica do Sebrae Amazonas, Maria José Alves da Silva que recentemente liderou uma comitiva da entidade em visita às comunidades e à miniusina em Manaquiri, disse que a empresa deverá gerar cerca de 15 empregos diretos e terá capacidade para extrair 50 litros de óleos por hora a partir de sementes e caroços de andiroba, tucumã, açaí, abacaba e castanha.

A diretora argumentou que, apesar de pequena, a miniusina se apresenta como um modelo a ser seguido por outras cidades, uma vez que vai produzir para um mercado que tem amplitude nacional e internacional: o beneficiamento de produtos naturais da Amazônia. “A criação dessa indústria é um marco histórico para o povo de Manaquiri, que desde 2005 vem lutando por dias melhores.

É também um exemplo a ser seguido por outras cidades”, disse.

Produção ainda é feita de forma artesanal

O secretário de produção rural de Manaquiri, Luiz Lira, revelou que os produtores ainda estão produzindo de forma artesanal e o ganho anual somado das 39 famílias se aproxima de R$ 18 mil. “Eles podem produzir muito mais que isso com a usina”, garantiu.

O agricultor Antônio Ribeiro Santa Rita, 45, esclarece que na produção artesanal gasta-se até um mês para extrair um litro de óleo de andiroba. Ele conta que no processo tradicional, depois de extraída a semente, é preciso cozinhá-la, depois triturá-la, o que é feito a mão. Depois coloca-se para secar ao sol em cima de uma base côncava disposta de forma diagonal para que escorra somente o óleo que sai naturalmente do material triturado.

Esse processo, assegura o agricultor, demora mais de três semanas. “Com a usina sei que vamos produzir muito mais. Queremos entrar forte no mercado de fitocosméticos e fitoterápicos e atrair investimentos para o município”, disse o produtor, que também é membro da Cooptitos.

A líder Wanderlea Teixeira informou que ainda neste mês os produtores, a maioria jovens, vão receber capacitação para operar as máquinas e até o início de março pretende-se inaugurar a miniusina.

Desenvolver interior

Para o presidente do CDE (Conselho Deliberativo) do Sebrae Amazonas, José Roberto Tadros, as ações da entidade em Manaquiri representam o interesse do Sebrae em desenvolver o interior do Amazonas. “Sabemos das dificuldades que os empreendedores do interior enfrentam diariamente em termos de transporte, logística e acesso a mercado. Por isso, em 2008 vamos atuar de forma mais efetiva nessa região do Amazonas”, disse.

Em 2008, o Sebrae Amazonas vai investir cerca de R$ 6,4 milhões em ações voltadas para o interior do Estado por meio de 28 projetos de desenvolvimento, abrangendo mais de 30 municípios amazonenses, segundo informações o setor de planejamento da entidade.

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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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