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Mais de 50 mil endividados no Amazonas

Mais de 50 mil endividados no Amazonas

Números mais recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), por meio da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), indicou que o percentual de brasileiros endividados em junho de 2020 chegou a 67,1%. No Amazonas, o índice de inadimplência na capital registrou em julho alta de 25,2%, são aproximadamente 158.346 famílias endividadas. 

Em contrapartida, há quem buscou sair do aperto para garantir acesso ao crédito. Pelo menos é que confirma os dados da QuiteJá, plataforma de recuperação de crédito, confirma um aumento de 50% em negociação de dívidas realizados no estado do Amazonas no mês de julho. Os grandes facilitadores deste processo, são as ofertas de flexibilização para o pagamento, além de facilidades para entrada e prestação a prazo oferecidas pelos grandes bancos e redes de varejo. Na plataforma, o valor médio de dívidas negociadas é a partir de R﹩ 2.500 e as parcelas giram em torno de R$ 150.

O CEO da QuiteJá, Luiz Henrique Garcia, diz que a época é boa para renegociar dívidas e manter o nome limpo na praça. De acordo com ele, praticamente, todos os bancos ou redes varejistas estão com excelentes opções e ofertas de desconto, prazos para pagamento e taxas de juros favoráveis. Devido a pandemia, as condições que estão sendo adotadas pelos credores de forma geral são muito atrativas, quase uma ‘black week’ de negociação que podem oferecer ao cliente taxas de juros bem menores, descontos em multas, parcelamento do débito, e dentre outras ofertas. As condições são sempre estruturadas de acordo com o perfil e situação de cada cliente. Portanto, se a pessoa possui condição para negociar, o ideal é não perder tempo e correr para aproveitar.

O especialista em finanças Nahan Said, destaca que o motivo do aumento na busca por limpar o nome, foi motivada com a liberação do auxílio emergencial pelo governo federal, medida que manteve a economia “O povo permaneceu com poder de compra mesmo desempregado. Apesar de muitos gastarem o valor do auxílio em itens de bens de consumo, outros aproveitaram para regularizar as dívidas. As empresas, que tiveram uma forte queda no fluxo de caixa entre abril e junho, aproveitaram a reabertura do comércio para fazer promoções e renegociar dívidas de forma mais amistosa”. 

Ele também ressalta que muitas empresas não tinham dinheiro reserva para manter as operações. Quem não pode trabalhar e estava sem reserva financeira quebrou. Os que tinham reserva e se manteriam fechados vieram, após abertura, ávidos para que entrasse dinheiro em caixa. “Então estavam fazendo negócio. Melhor entrar pouco dinheiro que não entrar nenhum”. Esses acordos vão de consumidor para consumidor. “Com certeza os que têm bom histórico conseguiram fazer boas negociações. As pessoas recebendo e as empresas querendo dinheiro em caixa, então estavam fazendo negócios”. 

Ele acredita que o cenário futuro será de melhores perspectivas caso facilitem o crédito para dar fôlego aos empresários, caso contrário, a economia e as pessoas podem ter muitas barreiras para superar.

O CEO da QuiteJá, alerta ainda que o primeiro passo é sempre conhecer a sua dívida, identificar os detalhes como qual o volume e saber do que se trata o débito. “Parece algo óbvio demais, porém, algumas pesquisas mostram que, na realidade, a maioria dos brasileiros sequer sabe qual é o tamanho do seu endividamento. Algumas pessoas não sabem o impacto que é deixar uma dívida em aberto, principalmente se for em cartão de crédito. É necessário pensar na melhor saída para pagar a dívida, com base na sua capacidade financeira. Formule pelo menos duas propostas diferentes para quitar o débito, e registre isso detalhadamente para usar durante a negociação com o credor. Após isso, exponha com transparência qual a sua realidade atual. A boa conversa é a melhor saída nesse momento”, detalhou.

Com atuação nacional, a empresa já ajudou mais de 600 mil brasileiros a regularizarem os seus débitos e possui mais de 20 milhões de CPFs cadastrados. Em um cenário com 63,8 milhões de inadimplentes no país, a empresa estima dobrar o crescimento ao longo de 2020.

Alguns resultados da plataforma em 2020

Aproximadamente 600 mil acordos foram pagos pela QuiteJá em todo país. Valor aproximado recebido e repassado aos credores: R$ 230 milhões de reais, sendo mais de R$ 80 milhões, só nos 6 primeiros meses de 2020. Cerca de 110 mil boletos foram pagos por mês. Uma média de R$1,2 bilhões de reais foram concedidos de descontos aos usuários. A plataforma possui 20 milhões de CPFs cadastrados.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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