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Lideranças do PIM aguardam apoio em reunião com Mourão

Lideranças do PIM aguardam apoio em reunião com Mourão

As lideranças do PIM estão otimistas em relação à reunião virtual com o vice-presidente da República e presidente do Conselho da Amazônia, general Mourão, marcada para as 15h (de Manaus) desta segunda (24). Diante da urgência dos debates em torno da sustentabilidade e da Reforma Tributária, os empresários esperam aproveitar a oportunidade do diálogo para sugerir um plano integrado de desenvolvimento sustentável para a Amazônia, além de pleitear maior protagonismo nas discussões que envolvem a região.

O encontro será realizado durante a 20ª reunião do Comitê Indústria ZFM Covid-19 que será realizado na segunda-feira, 24 de agosto, a partir das 15h (Manaus) e 16h (Brasília), com o tema focado nas “Novas Matrizes Econômicas do Estado do Amazonas”. Mediado pelo presidente da Fieam e vice-presidente executivo da CNI, Antonio Silva, o evento será coroado pela entrega de um documento, contendo proposta conjunta para a região, firmada por Fieam, Cieam, Eletros e Abraciclo.

O texto endereçado ao vice-presidente da República foca na solicitação de investimentos em infraestrutura da região, citando a necessidade de melhorias em estradas (especialmente a ainda embargada BR-319), portos, hidrovias (dos rios Madeira, Solimões e Negro) e aeroportos do interior, além de investimentos nas redes de internet e eletricidade, e de um zoneamento ecológico-econômico. O documento também pede diversificação produtiva da região e da bioeconomia, a partir dos recursos gerados pela ZFM.

A indústria incentivada também sugere um novo modelo de governança para a ZFM que contemple diretrizes como a de manter a vantagens comparativas para garantia de investimentos locais e manutenção de empregos, otimização dos recursos gerados pelo PIM, estabelecimento de novas metas para novos aportes de capital na promoção do empreendedorismo amazônico sustentável e no aumento de investimentos em P&D.

Juntamente com a proposta de desenvolvimento sustentável as entidades vão solicitar ainda maior integração entre diversos órgãos governamentais, a exemplo do CBA, Embrapa, Ufam e UEA, entre outros. O PIM argumenta que a integração é necessária para justificar novos investimentos em P&D, tendo em vista que muitas empresas instaladas na região já vêm migrando para a indústria 4.0.

Um dos argumentos elencados para sustentar a proposta vem de estudo das entidades, que demonstra que o Amazonas é o quinto maior em arrecadação no país, além de ser superavitário. O pleito se baseia ainda no fato de que a matriz econômica do Estado, por ser industrial, vem garantido a preservação de 95% de sua cobertura natural formada pela floresta amazônica.

Interesse e risco

“É inconcebível se pensar em desenvolvimento sustentável no Amazonas, sem a manutenção de uma Zona Franca fortalecida. Ela gera mais de 500 mil empregos, responde por 80% da arrecadação do Estado e contribui com 18,7% do PIB brasileiro. Vamos nos reunir para tratar deste tema, que é do interesse de todos os brasileiros, mas que deve ser protagonizado por quem vive na floresta amazônica”, declarou Antonio Silva.

“Mais do que um documento, estamos propondo um amplo debate com o objetivo de se construir uma articulação efetiva e de grande cooperação entre a indústria do Amazonas, o governo federal, o governo estadual, a base parlamentar do Estado e representantes importantes da sociedade civil”, emendou o presidente do Cieam, Wilson Périco.

Já o presidente da Eletros, José Jorge do Nascimento Junior, alerta que a eventual perda de investimentos da ZFM prejudicaria o país como um todo. “Além da China, somos os únicos fabricantes globais de ar condicionado, assim como somos um dos principais de TVs, celulares, computadores, motocicletas, bicicletas, concentrados para bebidas, entre outros. As maiores multinacionais do setor eletroeletrônico estão instaladas na ZFM e, na falta de oportunidades para estas empresas crescerem, corremos o risco de nos tornarmos irrelevantes e perdermos nossas fábricas para outros países”, concluiu.

Marco Dassori

É repórter do Jornal do Commercio
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