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Jejum intermitente para emagrecer sem sofrer

Jejum intermitente para emagrecer sem sofrer

O se alimentar é imprescindível para a vida, mas o jejum é uma forma de deixar de se alimentar que pode ajudar a melhorar a saúde de quem o pratica. Os membros das principais religiões do mundo fazem jejum em algum momento do ano como forma de se purificar, já o jejum medicinal pode ser realizado por qualquer pessoa, como o jejum intermitente, que proporciona uma série de benefícios para o organismo.

“Jejum intermitente é uma forma de se alimentar, porém, dividindo a alimentação em períodos de janelas (uma janela de alimentação e uma janela de jejum) com o objetivo de produzir uma substância chamada corpo cetônico, que irá ser responsável por todos os benefícios esperados do não se alimentar por determinado período”, explicou a doutora Amanda Alcântara, especialista em medicina do esporte e emagrecimento.

Quem está acostumado a comer sempre, já deve ter se preocupado só em pensar ficar sem colocar algo na boca por intermináveis horas. Se vale de consolo, na Idade Média existiam religiões nas quais as pessoas ficavam dias sem comer. Durante o Ramadã, dos muçulmanos, que dura um mês, eles ficam sem comer, e sem beber líquidos, da alvorada ao pôr do Sol.

Mas calma. O jejum intermitente foi criado exatamente para que as pessoas não sofram. Por isso é feita uma adaptação para que o organismo vá se adaptando aos poucos à nova situação e ninguém fique desesperadamente com fome.

“Para que o jejum intermitente proporcione seus benefícios, o corpo precisa passar por um processo de adaptação. Não adianta da noite para o dia se decidir fazer jejum sem adaptar o corpo. Ninguém vai aguentar. O jejum intermitente dura 50 dias, tempo específico e bastante hábil para que o organismo se acostume. Além do mais, escolhi os 50 dias antes do Natal para que o praticante possa chegar ao fim de ano com um dos seus desejos realizado: emagrecer”, disse a médica.

Bons e maus alimentos

Porém, atenção. O jejum intermitente não é indicado para crianças, grávidas, pacientes com diabetes tipo 1 (aquele descoberto na infância e que precisa de insulinoterapia).

“Os demais diabéticos, inclusive o tipo 2, são beneficiados com o ficar sem se alimentar por algumas horas, que faz parte da estratégia de tratamento”, acrescentou.

Durante o jejum a alimentação normal não precisa ser mudada.

“O que pode acontecer é a alimentação ser sugerida, como uma forma de mudança para um estilo de vida mais saudável. De repente a pessoa está comendo algo achando que está lhe fazendo bem, ou comendo algo que realmente está lhe fazendo mal, e não sabe, então vamos sugerir que ela elimine aquele alimento e o substitua por outro, saudável”, adiantou.

No decorrer do curso Amanda ensinará quais alimentos devem ser evitados e quais devem ser priorizados.

“Por regra geral, os alimentos saudáveis são aqueles que a natureza te oferece, nada embalado, de preferência aqueles colhidos no mesmo dia, e sem agrotóxicos, como hoje podemos encontrar nas várias feiras de produtores rurais que acontecem pela cidade. São alimentos que possuem baixo índice glicêmico, ou seja, que não se transformam em açúcar logo que chegam ao seu corpo”, esclareceu.

“Já aqueles alimentos multiprocessados, industrializados, que passam semanas, meses e até anos nas prateleiras dos supermercados, devem ser evitados”, completou.

O jejum é uma prática tão importante para o organismo humano que, inclusive, pode curar algumas doenças.

“Sim, a prática faz parte do tratamento de diversas doenças crônicas: obesidade, diabetes tipo 2, hipotireoidismo, gastrite, síndromes intestinais, doenças auto imunes, doenças reumatológicas. Serve ainda como prevenção para doenças neurodegenerativas como o Alzheimer e o Parkinson, na prevenção de doenças cardiovasculares, e modulação intestinal no tratamento da disbiose”, informou.

Nada de religião

Os interessados em se inscrever no curso podem acessar o Instagram @doutoraalcantara ou entrar em contato com o suporte 9 8158-1812 onde poderão solicitar as informações que precisarem.

“Durante o curso os participantes terão acesso a uma plataforma e aplicativo que tem minhas aulas gravadas, o acompanhamento on line será através de um Instagram fechado onde acontecerão lives tira-dúvidas quinzenais e através de um grupo no Telegram, onde os inscritos poderão interagir formando uma comunidade super interessante”, adiantou.

“Apesar de o jejum ser praticado em praticamente todas as religiões, não abordarei temas religiosos. Mas haverá conteúdo sobre poder pessoal e autoconhecimento, fundamentais para o processo de emagrecimento”, concluiu.

As inscrições para o curso de jejum intermitente já encerraram, mas a Dra. Amanda irá fazer aberturas relâmpagos durante a semana para inscrever mais participantes. 

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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