O Ministério Público Federal no Distrito Federal move 14 ações de improbidade contra o ex-senador Efraim Morais (DEM) e outras 50 pessoas nomeadas por ele, mas que nunca trabalharam de fato no Senado.
Os procuradores cobram a devolução de R$ 6 milhões pagos aos, nas palavras dos investigadores, “funcionários fantasmas”.
Para os procuradores, o ex-senador desviou recursos públicos “em favor de parentes, apadrinhados políticos e cabos eleitorais mediante nomeações para cargos em comissão de forma irregular e sem a devida contraprestação pelos proventos recebidos”.
“Esta ação é parte de um conjunto de 14 ações propostas contra o ex-senador Efraim Morais […] e outras 50 pessoas nomeadas para exercer cargos em comissão em tal órgão, as quais não exerciam nenhuma atividade de caráter público a maioria não trabalhava em absoluto ou exercia apenas tarefas esporádicas a pedido do ex-senador”, dizem os procuradores numa das ações.
Atual secretário de Infraestrutura do governo da Paraíba, comandado pelo PSB, Efraim ocupou por quatro anos, entre fevereiro de 2005 e fevereiro de 2009, a Primeira Secretaria do Senado, uma espécie de prefeitura da Casa por administrar os contratos e a folha de pagamento.
Questionado pela Folha de S.Paulo hoje sobre as acusações dos procuradores, Efraim Morais se limitou a dizer que não sabia das ações. “Eu desconheço”, disse. As investigações começaram em 2009 e identificaram que 64 dos 86 servidores eram “fantasmas”.
INVESTIGAÇÃO
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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