Mas agrega que “a extensão dessa queda sugere que os investidores podem estar sentindo que os ativos são mais arriscados do que eles pensavam”. A publicação cita “administradores de fundos” que na semana passada “disseram que os mercados brasileiros eram imunes ao contágio, já que estavam livres de papéis de alto-risco, sem liquidez”.
Para um administrador entrevistado está ocorrendo uma maciça onda internacional no sentido de desfazer posições de risco, e que, por isso, dificilmente o Brasil poderia permanecer na posição de imunidade com relação ao contágio.
O argumento básico da publicação é que o risco brasileiro está relacionado à tomada de financiamentos no exterior (US$ 18,8 bilhões) principalmente por bancos para aplicações, parte delas em rentáveis títulos públicos.
Contudo, outra parcela teria sido destinada ao crédito ao consumidor, este o propulsor do maior crescimento econômico brasileiro segundo a publicação, e que opera com elevadíssimas taxas (o jornal cita, dentre outras, a taxa de taxas de juros de 224% ao ano da modalidade de cartão de crédito).
“É a este crédito que os investidores externos estão indiretamente expostos”, conclui o jornal.
Entre acertos e erros da análise acima resumida pelo períodico inglês, esses últimos nos parecem maiores e mais graves. Quem sustentou que as posições em títulos brasileiros estavam imunes a desvalorizações motivadas por contágio da crise global cometeu um erro e é necessário que com todas as letras o assunto seja esclarecido.
