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Intolerância com o velho, relutância com o novo

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Não importa o tipo de trabalho que você desenvolva, plantando hortaliças ou desenvolvendo softwares, todos os dias novidades es­tarão sendo colocadas à sua disposição para ajudá-lo, algumas de fácil assimilação, outras mais complexas.

O uso das inovações tecnológicas e o envolvimento com as novas tendências dependerão de muitos e particulares fatores, desde o interesse pela inovação até a disponibilidade financeira. Todo processo de reestruturação empresarial enfrenta em maior ou menor grau a questão complexa da inovação.

Os softwares de gestão, cada vez mais poderosos e ágeis, oferecem todos os anos versões atualizadas que demandam treinamento, atualização dos computadores, aumento de memória, espaço em disco e muitas vezes a sua efetiva troca. Esses avanços e facilidades, que demandam investimentos, trazem à luz do processo de gestão debates sobre as necessidades efetivas dessas implementações, que geram desembolsos e, nem sempre, trazem resultados facilmente observáveis.

Em gestão todos querem informações rápidas e confiáveis, con­tu­do nem todos entendem a de­man­da em equipamento, softwares e metodologia para que isso seja obtido. Tratando de inovação podemos, por vício, nos restringirmos a debater sempre os aspectos ligados às informações, relatórios de produção, balanços, resumos financeiros, contudo a realidade é bem mais complexa.

Equipamentos para fabricação de produtos têxteis que no passado um téc­nico gastava de três dias a uma se­ma­na para trocar um desenho, hoje o trabalho é feito em minutos. A situação é complexa porque em muitos casos não há como adaptar um computador à máquina, a solução é a efetiva troca e isso demanda o comprometimento de valores significativos.

Um equipamento mecânico é robusto e tem enorme durabilidade, para muitos empresários o seu su­cateamento, sem um valor efeti­vo de venda, parece um absurdo. Quanto mais antigo o equipamento menos possibilidades de negócios são encontradas , uma vez que este pouco pode servir como peça de reposição.

As novas tecnologias trazem uma nova cultura e um novo jeito de fazer as coisas, gerando choques e muitas vezes embaraços e dificuldades de adaptação. Considerando que algo tão visível a palpável como a evolução dos equipamentos já gera desconforto para sua adaptação o que dizer então das idéias e conceitos de gestão?

Vamos considerar um exemplo simples, corriqueiro, mas que dá uma exata noção do choque que o processo gera.

Os apontamentos de produção, onde uma pessoa ou operador anota num formulário a quantidade de produtos fabricados e depois estes dados são resumidos em outros quadros, manualmente ou via planilha eletrônica, cada vez mais estão sendo substituídos por leitores adaptados na própria máquina, onde as informações, quadros e relatórios independem do auxiliares.

O operador ou os técnicos apenas tem que garantir o correto funcionamento do equipamento, ficando a cargo do usuário final, tomador de decisões, a adequação dos dados co­le­tados aos formatos que gostaria de ter.

Simples, perfeito, esse proces­so atende aos sonhos de todos os gestores?

Nem sempre verdade!

O usuário recebia um relatório com uma estreita visão do processo, quando queria algo mais abrangente pedia à algum subordinado que o fizesse, com a nova tecnologia tem à sua disposição infinitas formas de análise, onde ele mesmo pode desenvolver o modelo.

Tudo o que era sonhado hoje traz alguns agentes complicadores: Estudar a tecnologia e seus recursos, envolver-se pessoalmente com o processo, ter a sua disposição uma infinidade de dados e possibilidades de cruzamentos e a obrigação de estabelecimento de uma rotina .

Sem essa nova tecnologia uma máquina quando parava avisava o operador com um sinal sonoro ou uma luz que acendia, com os novos recursos pode avisar a quem for necessário, dentro de padrões pré-estabelecidos.

Num desses processos um empreendedor, que sempre reclamava estar desinformado pela lentidã

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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