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Insegurança jurídica permanece como gargalo para investimentos

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Nem os números  positivos nos Indicadores de Desempenho do Polo com o crescimento de quase R$ 50 bilhões de reais de janeiro a junho deste ano, divulgados pela Suframa na segunda-feira, atenua o panorama de insegurança jurídica que ainda é considerado um gargalo para os investimentos no PIM (Polo Industrial de Manaus).

Isso porque a reforma tributária que cerca a política de incentivos ainda cerceiam as incertezas da indústria travando a geração de mão de obra no PIM. O economista Marcus Evangelista explica que a insegurança jurídica, além de atrapalhar a atração de novos investimentos e consequentemente novos parques fabris no Pólo, acaba retardando a tomada de decisão para a retomada de algumas linhas de produção que foram paralisadas com a crise. Com isso  as fábricas apesar de estarem prontas, elas ficam aguardando o momento correto para ativar novamente a produção de um item específico. 

“A insegurança jurídica acaba se tornando cada vez mais maléfica ao nosso modelo e infelizmente a cada novo ataque, essa insegurança ganha uma alavancagem para o modelo”. 

Ele avalia que o indicador recorde no faturamento no primeiro semestre deve ser comemorado porém , apesar do aumento, o número de contratações não acompanharam proporcionalmente. 

“Temos que vencer todos os entraves imposto pelo “fogo amigo” que a cada momento traz uma novidade que acaba enfraquecendo ainda mais a segurança jurídica tão necessária para que possamos atrair novas indústria e, consequentemente , novos postos de trabalho”. 

De acordo com o economista, com a aproximação do novo modelo industrial, chamado 4.0, a tendência das indústrias é produzir cada vez mais com menos mão de obra. Isso  é uma tendência irreversível que já acontece nos centros industriais do primeiro mundo . A automação acaba diminuindo drasticamente as contratações e para o PIM, não será diferente , num futuro próximo .

“A gente espera que com toda essa propaganda em torno do meio ambiente em relação a floresta Amazônica isso acabe repercutindo positivamente para que os nosso políticos não só do nosso Estado acabem de vez com essa guerra fiscal e com essa insegurança que toma conta de todos os investidores tirando a vontade de investir no nosso parque industrial”. 

Validando também que a segurança jurídica é primordial para o desempenho das empresas do PIM, o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco.

“Sem estabilidade e segurança dificilmente investidores injetarão dinheiro no PIM. Nosso ponto de interrogação gira em torno do posicionamento do ministro Paulo Guedes e da forma que ele observa as políticas de incentivo fiscal que nós temos no país. Entre segmentos específicos  que recebem incentivos do governo e o que representa o modelo ZFM”, disse Wilson Périco. 

Ele declara ainda que é preciso observar a questão do PIM  por duas óticas, pela questão econômica que é positiva, e pela questão social que são os empregos que é gerado. “Para o momento atual que o país enfrenta não é um resultado ruim, mas o que todos esperamos é que o número de empregos também aumente”.

Números

Levantamentos mais recentes apontam que o volume de vagas na indústria amazonense ainda não apresentam números expressivos.  Conforme dados do Caged ( Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), na passagem de junho para julho, a indústria de transformação foi a que obteve o maior saldo de empregos (630) e avançou 0,63%, puxada especialmente pelos segmentos mecânico, metalúrgico e de material de transporte. Em 12 meses, houve alta de 2,28% e saldo de 2.237 empregos celetistas. No acumulado dos sete meses, o total foi de 3.241 vagas, com alta de 3,34%.

 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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