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Informalidade na zona leste chega a 37%

Em torno de 37% dos empreendimentos comerciais da zona Leste de Manaus são conduzidos de maneira informal, conforme dados de uma pesquisa que está sendo conduzida pelo Sebrae/AM (Serviço Brasileiro de Apóio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas).
Os empresários ouvidos no levantamento apontam a falta de orientação e baixo capital como as principais barreiras para a formalização. O estudo mostra que a maioria das lojas da área fatura até R$ 3.000 por mês.
Para regularizar a situação jurídica do varejo dos bairros daquela área da cidade, a ACA (Associação Comercial do Amazonas) está se articulando junto às entidades competentes para instalar, até o final deste ano, uma unidade distrital no bairro São José Operário -ACA Distrital Zona Leste.
De acordo com o presidente da ACA, Gaitano Antonaccio, a função das unidades distritais é levar o trabalhado da associação para os pequenos empreendedores. “Muitos comerciantes nem mesmo sabiam da existência da ACA e nosso principal objetivo é aproximar ou, às vezes, criar essa relação e oferecer serviços, de assessoria jurídica e trabalhista por exemplo, a todos os empreendedores daquela região da cidade”, explicou.
O Sebrae/AM está realizando uma pesquisa sobre toda a atividade econômica existente em Manaus que será concluída até dezembro, mas, até o momento, só divulgou dados da zona leste. “Já foram colhidas também informações da zona norte e, até o final do ano, vamos apresentar o resultado do estudo de toda a cidade”, garantiu o diretor-superintendente do Sebrae/AM, Nelson Rocha. O gestor disse também que o levantamento disponibilizará o perfil dos empresários especificando o ramo atuação, situação legal, geração de emprego, atuação no mercado, entre outros aspectos, que auxiliarão as atividades a serem desenvolvidas pela ACA.

Representatividade comercial

O presidente da Facea (Federação das Associações Comercias e Empresarias do Amazonas), Valdemar Pinheiro, contabilizou a existência de 32 associações, em contraste com os 62 municípios em todo o Estado. “De todas as associações municipais, apenas 14 estão operando plenamente como órgão de representação do setor comercial local. Estamos trabalhando junto aos bancos governamentais e entidades como Sebrae e a Sefaz (Secretaria de Estado da Fazenda) para garantir o retorno da atuação das associações”, asseverou Pinheiro.
A unidade Cidade Nova da ACA começou a operar em maio deste ano e atende o maior bairro da cidade. Na opinião do presidente da CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Ezra Benzion, áreas como a Cidade Nova -carentes de representatividade comercial- precisam de apoio de organizações como a ACA.
“O comércio varejista se expande bastante a cada ano que passa e, como o Centro já está ocupado, a tendência é que as lojas se desenvolvam nos bairros e isso é visível na Cidade Nova. Hoje, 25% dos filiados à CDL-Manaus são de bairros com veias comerciais distantes dos grandes centros empresariais, como é o caso também de São José Operário”, afirmou Benzion.

Mais de 45% das lojas atua há menos de dois anos

Com as associações distritais, os micro e pequenos empresários devem contar com assistência e orientação para se formalizarem, obtendo assim acesso facilitado ao crédito. Os empreendedores ainda contarão com apoio do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas), Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Banco do Brasil e Banco da Amazônia, conforme o presidente da ACA.
Dados parciais da pesquisa realizada pelo Sebrae/AM indicam que a formalização dos negócios chegou a 73% dos empreendimentos da zona leste.
Aplicado em poucos mais de 3.100 empreendimentos localizados nessa região da cidade, o estudo constatou que o bairro do São José Operário é composto por 65% de pontos comerciais cadastrados, sendo que 60% das organizações do comércio e 75% de serviços encontram-se na faixa de faturamento de atá R$ 3.000 mensais. Mais de 45% possuem menos de dois anos de atuação e somente 20% dos negócios está há mais de oito anos no mercado. Outro dado importante é que, independente do tempo de atuação, a maioria dos proprietários ainda se encontra nas faixas mais baixas de rendimentos mensais.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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