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Micro e pequena empresa puxa números de falência para cima em setembro

Em setembro de 2009, foram decretadas em todo o país 89 falências empresariais, o maior volume do ano, sendo que 86 dessse total de companhias que fecharam suas portas durante o mês passado foram micros ou pequenas empresas, representando 96,6% do montante, segundo revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações.
Quanto ao acumulado de janeiro a setembro de 2009, o levantamento verificou 627 decretos de falências em todo o território nacional. Destes, 580 foram de micros e pequenas empresas, 92,5% do total ocorrido no país. Vale ressalvar que as micro e pequenas empresas representam 97,5% das empresas em atividade no país, segundo pesquisa de 2006 do Ministério do Trabalho.
O número de falências requeridas, por sua vez, atingiu o montante de 200 solicitações em setembro de 2009, com um recuo de 4,8% ante agosto. Destas, 127 foram feitas por micros e pequenas empresas (63,5% do total). Na análise mensal, o número de falências requeridas pelas organizações decrescem desde maio, acompanhando o processo de recuperação econômica e a volta do crédito às empresas.
Vale notar, segundo os analistas da Serasa Experian, que, se as falências requeridas estavam sendo usadas como instrumento de cobrança, agora estão voltando à sua original finalidade, situando-se nos patamares pré-crise. Em sentido oposto, as falências decretadas ainda sobem, refletindo os pedidos de realizados em uma conjuntura econômica anterior, de crise, constatam os especialistas.

Sistema financeiro

Os pedidos de falência também recuaram na variação anual. Houve 2,4% de queda em setembro de 2009, na comparação com setembro do ano anterior, mês em que os efeitos da quebra do sistema financeiro americano começavam a afetar a economia brasileira, em termos de oferta de crédito e expectativas do mercado. Ainda nesta variação, as falências decretadas apresentaram uma pequena queda de 3,3%.
Já na relação entre os acumulados (janeiro a setembro 2009/2008), as falências requeridas cresceram 5% e as decretadas caíram 16,2%. Para os técnicos, esse desempenho, além de mostrar o uso desvirtuado das falências requeridas, também evidencia que as empresas em maiores dificuldades financeiras, neste ano, conseguiram minimizar as falências valendo-se da prerrogativa da recuperação judicial.
Quanto às recuperações judiciais requeridas, houve um crescimento de 12,8% na variação mensal, passando de 47 em agosto/09 para 53 em setembro/09. Novamente, as micro e pequenas empresas têm participação bastante expressiva no total de pedidos de recuperações judiciais, com 31 requerimentos no mês passado, o que resultou em 58,5% do total.
Os analistas observam que as empresas ainda com dificuldades buscam a recuperação, a exemplo das empresas exclusivamente exportadoras, que têm mercados no exterior em recessão e enfrentam o real valorizado, perdendo competitividade.
Para os próximos meses, a expectativa dos especialistas é que as estatísticas de falências e recuperações apresentem volumes menores em decorrência da recuperação econômica, principalmente no último trimestre deste ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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