O Conselho Diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou, na única reunião realizada este ano, financiamento de US$ 5 bilhões para o programa de modernização da indústria naval. A liberação da maior parcela desse valor, no montante de US$ 3.5 bilhões, ficará a cargo do BNDES.
Trata-se do primeiro passo para a análise de perspectiva e carta consulta visando ao financiamento futuro de mais de 25 projetos, que englobam investimentos na fabricação de navios, rebocadores e off-shore, além da expansão de estaleiros e até programas de gestão, com treinamento de funcionários.
O setor naval está muito aquecido, apesar da crise global. Nos momentos de crise, é importante o governo apoiar projetos da área de infra-estrutura, disse Antonio Tovar, um dos gerentes do Departamento de Transportes e Logística do banco.
Tovar observou que a tendência é positiva, porque o país necessita melhorar sua infra-estrutura, fundamental para o crescimento da economia. Temos ainda os projetos do pré-sal e de Tupi (campo de petróleo na Bacia de Santos) previstos para os próximos anos que devem demandar investimentos em plataformas e navios off-shore, que fazem o transporte da plataforma até o porto, afirmou.
Por enquanto, a crise global não afetou os financiamentos do BNDES, que usa recursos do FMM (Fundo de Marinha Mercante). Segundo Tovar, por se tratar de projetos de longo prazo que integram o programa estratégico da Petrobrás e, por isso, independem da volatilidade dos mercados.
Apesar do setor se manter aquecido, os desembolsos do BNDES para o setor naval registrarão uma queda este ano, recuando de R$ 545,3 milhões em 2007 para R$ 450 milhões em 2008.
Até novembro deste ano, o banco já liberou US$ 407.8 milhões, ante US$ US$ 288.9 milhões em 2006 e apenas US$ 60.6 milhões em 2000, quando o governo.começou a financiar novamente a indústria naval. A primeira parte do programa de modernização da frota prevê a construção de 26 navios, no valor de R$ 4 bilhões.
Um total de 23 embarcações estão sendo construídas em diversos estaleiros e apenas três navios gazeiros, com fabricação prevista para Itajaí (SC), ainda dependem de nova definição de estaleiro. Todas as embarcações tem índice médio de nacionalização entre 60% e 65%.
Indústria naval vai ter aporte de R$ 5 milhões
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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