As fabricantes de relógios do PIM (Pólo Industrial de Manaus) alcançaram incremento de 42,57% nos negócios de janeiro a outubro de 2007, comparando ao mesmo período do ano anterior. O faturamento do setor relojoeiro atingiu um total de US$ 200.693 milhões até o décimo mês de 2007, enquanto que em 2006, as receitas das empresas somaram US$ 140.667 milhões no mesmo intervalo.
O índice obtido até o décimo mês do ano passado já é superior ao montante acumulado durante todo o ano de 2007, quando foi registrado um somatório de US$ 185.019 milhões, representando aumento de 8,47%.
Em outubro de 2007, as indústrias do segmento contabilizaram a receita de US$ 34.563 milhões contra US$ 22.839 milhões registrados no mesmo período de 2006. Na comparação mês a mês, o faturamento do setor relojoeiro teve acréscimo em todos os dez meses do ano passado em relação a igual período do ano anterior.
Leve queda
Entretanto, a produção total de relógios de pulso e bolso teve leve queda de 2,54% no acumulado dos dez primeiros meses de 2007 em relação a igual intervalo do ano anterior. Nesse período de 2007, as empresas da ZFM (Zona Franca de Manaus) produziram 4.434 mil unidades, enquanto que em 2006 foram fabricados 4.549 mil relógios.
Em todo o ano de 2006, foram produzidos 5.339 mil relógios. Para alcançar ao menos este mesmo resultado, as empresas do PIM teriam que produzir 905 unidades no último bimestre de 2007.
As informações, divulgadas pela Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), são dos indicadores de desempenho industrial do pólo, tomando como base a produção das empresas Brasil Time; Chronos Indústria e Comércio; Citizen Watch do Brasil; Dumont Saab do Brasil; Magnum Indústria da Amazônia, Metal Alloy Indústria e comércio; Orient relógios da Amazônia, Seculus da Amazônia; Technos da Amazônia e The Watch Group do Amazonas.
O diretor da Technos da Amazônia e presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Maurício Loureiro, confirmou o crescimento do segmento. “Há indícios de que a produção e venda de relógios no ano passado, comparativamente a 2006, poderá representar um crescimento satisfatório”, assegurou.
Até o mês de outubro do ano anterior, a empresa produziu 4.515 unidades contra 5.447 relógios fabricados no acumulado de 2006, segundo Maurício Loureiro.
Concorrência com importados prejudica negócios das fabricantes do produto
No entanto, Loureiro afirmou que os produtores de relógios nacionais sofrem com a concorrência dos importados. “É necessário que o governo brasileiro intensifique a fiscalização das importações de relógios no país”, criticou.
O dirigente disse que caso não haja maior controle da entrada desses produtos, o próprio governo vai continuar sendo prejudicado, pois arrecadará menos impostos e os empregos continuarão sendo gerados no exterior, especialmente no continente asiático. Hoje, a Technos fabrica mais de 400 modelos diferentes, gerando 315 empregos.
No ano passado, o Brasil importou 22.560 mil relógios, contabilizando um total de US$ 41.587 milhões. O preço médio do relógio importado no ano passado era de US$ 1.84, segundo dados do sistema Alice Web, do Mdic (Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior), repassados por Loureiro.
O diretor da Technos disse que a indústria relojoeira espera que governo federal acate a solicitação que vem sendo feita desde 2005, o estabelecimento de um preço de referência para os produtos importados.
Tendências da moda
O relógio tornou-se produto de moda, acompanhando suas tendências. “Essa situação nos possibilita concorrer de forma diferenciada com produtos de baixa qualidade, de baixo preço e com design fora de moda”, comentou Loureiro. Por isso, os modelos fabricados no ano passado não são os mesmos produzidos em 2007.
Atualmente, os relógios com aplicação de cristais Swarovski estão em alta. “Estes relógios representam glamour e grande conquista
