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Inadimplência tem queda no Amazonas

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O Estado registrou no último mês o menor índice de inadimplência dos últimos três anos, segundo informações da CDL Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus). ”Em janeiro foi 3,1% e, 3,0% em fevereiro, o que representa 385 mil devedores no Amazonas”, informou o presidente da entidade, Ralph Assayag.
Para ele, o baixo índice de inadimplência são reflexos da retomada nos empregos e o aumento do salário mínimo. “Estamos com números inferiores da média nacional, que hoje é 6,7%”, ressaltou Ralph, que ressalta que as perspectivas para esse ano são boas, caso o país continue com o índice de desemprego baixo, o que resulta na confiança maior do consumidor.
O descontrole financeiro nas compras a prazo, causado pelas irresistíveis promoções e facilidades de crédito, é o principal motivo que leva os devedores, na sua maioria (55%) do sexo feminino, à lista de inscritos no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). “E o valor das dívidas variam de R$ 200 a R$ 1.000”, comentou Assayag.
Ralph diz que tentar negociar com a loja é a melhor solução para o consumidor que pretende limpar seu nome na praça. Como no caso da vendedora, Mariana Fonseca, que por conta da ansiedade nas compras já estava há um ano com duas pendências no valor de R$ 900 em lojas de departamentos. “Fui no mês passado e consegui um bom desconto na dívida porque paguei à vista”, disse a consumidora.
A mesma coisa fez a esteticista, Silvana Gomes, que após quase dois anos via uma dívida no cartão de crédito só aumentar, resolveu ir em busca de solução. “Para quem trabalha como autônoma, é muita dor de cabeça ficar com restrição no CPF, porque fico impedida de investir melhor nos produtos que utilizo”, explicou.
A regra principal para evitar o endividamento excessivo ou superendividamento é não deixar que as parcelas dos empréstimos ultrapassem 30% da renda mensal familiar, essa é a dica do Ibdec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Se isso acontecer, o consumidor terá dificuldades em arcar com as despesas básicas do dia a dia. Fazer uma planilha com o orçamento doméstico mensal e saber exatamente o valor da sua renda para saber quanto poderá gastar são dicas fundamentais para que o consumidor não acumule dívidas. Também é aconselhável optar pelo pagamento de menor quantidade de parcelas em um financiamento para evitar o pagamento de juros altos por um longo período.

Índice nacional sofre queda

Em comparação com janeiro de 2013, o índice de inadimplência no comércio brasileiro apresentou ligeira retração de -1,03%, de acordo com dados do SPC Brasil (Sistema de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas). A queda no número de inclusões na base de dados, segundo técnicos da instituição, deve-se ao comprometimento do orçamento familiar com pagamento de despesas típicas de início de ano e de impostos como o IPTU e o IPVA. “Os gastos de começo de ano pesam no bolso do brasileiro, que passa a consumir menos. Consequentemente, diminui-se o número de compras a prazo, sobretudo as não planejadas, o que acarreta a queda da inadimplência”, explica a economista do SPC Brasil Ana Paula Bastos.
Já comparado com fevereiro do ano passado, houve aumento em +6,65%, apontou o SPC Brasil e o volume de vendas a prazo cresceu +11,23% no mesmo período, o maior pico dos últimos dez meses. O indicador leva em conta mais de 150 milhões de consumidores cadastrados, em 800 mil pontos de vendas espalhados por todo Brasil.
Para as lideranças do setor varejista, as políticas de incentivo ao consumo, embora tragam impacto positivo para o comércio, também contribuem para o crescimento das compras não planejadas. “Alta empregabilidade, crescimento salarial real, taxa de juros baixa e ampliação da oferta de crédito são fatores que favorecem o consumo. No entanto, as pesquisas apontam que o consumidor brasileiro, principalmente o das classes mais emergentes, ainda não sabe lidar com a grande oferta de crédito”, afirma o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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