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Inadimplência dos consumidores aumenta 7,6% em setembro

O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Física apontou aumento de 7,6% na inadimplência dos consumidores de janeiro a setembro de 2008, em comparação com o mesmo período de 2007. O levantamento da Serasa, uma empresa do grupo Experian, revelou que é a maior alta registrada no ano, desde o crescimento de 7,5% observado no 1º bimestre de 2008.
O indicador mostra ainda que a inadimplência das pessoas físicas apresentou evolução de 15,4% em setembro de 2008, comparando-se com o mesmo mês de 2007. Já na variação mensal, setembro de 2008 sobre agosto último, o crescimento registrado foi de 1,2%.
O ranking de representatividade da inadimplência dos consumidores, de janeiro a setembro de 2008, foi liderado pelas dívidas com os bancos, que registraram 43,2% de participação no indicador. Até setembro de 2007, este percentual foi de 39,1%.
Em seguida, com peso de 32,9% de janeiro a setembro deste ano, estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras. No mesmo período de 2007, as pendências com cartões de crédito e financeiras registraram desempenho de 30,6% de participação na inadimplência.
Os cheques sem fundos aparecem na terceira colocação do ranking, com 21,8% de representação na inadimplência das pessoas físicas, no acumulado de janeiro a setembro de 2008, abaixo do índice de 27,8% registrado até o nono mês do ano passado.
Fechando o ranking, estão os títulos protestados, com uma participação no indicador de 2,2% até setembro deste ano. No acumulado de janeiro a setembro de 2007, esta representatividade foi de 2,6%.

Valor das dívidas

De janeiro a setembro de 2008, as dívidas com cartões de crédito e financeiras tiveram um valor médio de R$ 409,08, com alta de 10,9% na comparação com o mesmo período de 2007.
Quanto às dívidas com os bancos, o valor médio verificado até setembro deste ano foi de R$ 1.371,35, o que representou 7,5% de elevação sob o valor registrado no perío­do de janeiro a setembro do ano anterior.
Os títulos protestados, por sua vez, somaram de janeiro a setembro de 2008 um valor médio de R$ 951,99, resultando em 8,2% de alta, quando comparado com o mesmo acumulado de 2007.

Resultado reflete na piora da capacidade de pagamento

Já os cheques sem fundos tiveram um valor médio em R$ 677,64 até o nono mês de 2008, com crescimento de 12% em relação ao valor registrado de janeiro a setembro de 2007.

Maior endividamento

Os técnicos da Serasa afirmam que a alta da inadimplência das pessoas físicas entre janeiro e setembro de 2008 refletiu a piora da capacidade de pagamento dos consumidores e o maior endividamento, sobretudo em linhas de crédito mais caras, a exemplo do cheque especial e do rotativo do cartão de crédito. No 1º semestre, houve a pressão no orçamento doméstico devido à inflação dos alimentos e no 2º semestre por conta da elevação dos juros, fruto da política monetária mais restritiva.
Nessa direção, as condições de crédito também vieram piorando ao longo do ano, com o aumento nos custos dos financiamentos, em razão da elevação do IOF, da Selic, e do spread bancário. Mais recentemente, com o maior grau de incerteza pela crise financeira global, os bancos e as financeiras tornaram os critérios de concessão de empréstimos mais rígidos.
O aumento mais acentuado da inadimplência na comparação setembro de 2008/2007 deveu-se, além das condições de crédito menos favoráveis e a elevação do endividamento, também ao maior número de dias úteis (22 contra 19) no nono mês deste ano.
Na composição do indicador, entre janeiro e setembro de 2008 em relação ao mesmo período de 2007, nota-se que a representatividade da inadimplência com os bancos (43,2%) e com cartões de crédito e financeiras (32,9%) sobem, confirmando os motivos alinhados.

Metodologia usada

O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Física por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados, dívidas vencidas com as instituições financeiras e cartões de crédito e financeiras.
A Serasa, uma empresa do grupo Experian, é a maior empresa do Brasil em pesquisas, informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios e referência mundial no segmento.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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