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IMPASSE – PT aciona CGU e pedirá CPI para investigar obras paradas no interior

Com o objetivo de apurar responsabilidades e garantir a aplicação correta de recursos da ordem de R$ 253.569.526,72 destinados à construção de 15 portos no Estado do Amazonas, o deputado estadual José Ricardo Wendling (PT) proporá à Assembleia Legislativa a formação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os empreendimentos que se transformaram em escândalo público em função da troca de acusações entre o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes do Amazonas) e o governo do Estado.
Primeiro, o superintendente do Dnit-AM, Afonso Lins Jr, acusou o governo estadual de atrasar as obras cuja entrega à população estava prevista para o fim de 2012. Depois, o governador Omar Aziz, irritado com o Dnit, disse à imprensa que o atraso das obras é normal “por serem empreendimentos de grande porte” e ameaçou adotar medidas judiciais contra Afonso Lins.
Por essas razões, José Ricardo prega a necessidade da CPI para investigar a situação dos recursos referentes ao contrato de R$ 168.842.309,78, sob a responsabilidade exclusiva do Estado. “São milhões de reais envolvidos nas obras e muita confusão entre o Dnit e o governo do Amazonas”, afirma o parlamentar petista que começou nesta sexta-feira a coleta de assinaturas necessárias para a apresentação da CPI quando a ALE-AM reiniciar suas atividades.
O deputado informa que em agosto de 2011 assinou um documento, juntamente com o deputado federal Francisco Praciano e o vereador Waldemir José, todos pertencentes ao Partido dos Trabalhadores, encaminhado à CGU/AM (Controladoria Geral da União), solicitando fiscalização e acompanhamento em todas as obras dos PACs 1 e 2 no Amazonas. “Há mais de 40 terminais em andamento no Estado, sendo a maioria em parceria com o governo estadual. Será que faltam recursos ou vontade política para finalizar essas obras?”, questiona.
O deputado petista ressalta a importância da CPI pelo fato de o governo estadual ter recebido os recursos federais que deveriam ter sido usados para conclusão de portos em municípios como Codajás, Canutama, Beruri, Tapauá, Iranduba, Barreirinha, Novo Airão, Itapiranga, Careiro da Várzea, Carauari, Itamaraty, Eirunepé, Guajará, Ipixuna e São Gabriel da Cachoeira. “Sabemos de obras que foram paralisadas e de obras prontas que não foram entregues não se sabe por quais motivos, e portos que foram entregues apresentando problemas”. De acordo com José Ricardo, houve obras que foram paralisadas sem explicações após o término das eleições de 2010. “Por que essas obras pararam? Ninguém sabe”, destaca.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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