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Imóveis mais caros na venda

Imóveis mais caros na venda

O preço médio de venda de imóveis residenciais encerrou o semestre com alta de 1,11%. De acordo com os dados divulgados pela FipeZap o comportamento do preço médio de venda de imóveis residenciais em 50 cidades, apresentou alta nominal de 0,18% em junho, ante avanço de 0,23% em maio. 

O aumento no preço desses tipos de imóveis também fez Manaus acompanhar o cenário nacional, e configura a lista dentre as 16 capitais que apresentaram maior elevação e preço no último mês +0,61. Para os representantes do mercado imobiliário o setor de venda de imóvel está favorável e muito aquecido. 

O diretor de vendas do grupo Vivere, Rodrigo Oliveira, observou que especificamente no mês de junho, teve uma alta muito grande nas vendas, inclusive numero altos que muito tempo não se via. Os imóveis econômicos disparam entre os mais demandados. 

“Todos os principais players do mercado, tiveram um mês de junho excelente. Com isso, os estoques de fato estão diminuindo. Já existe vários empreendimentos com estoque zerado ou muito próximo. A gente já percebe um movimento um pouco mais agressivo dos incorporadores na busca de terrenos para iniciar novos ciclos e para lançar novos empreendimentos”.   

A alta indicada pelo FipeZap no mês de junho é justificada pelo diretor que diz ser bem razoável acreditar que toda essa pressão na oferta vai produzir um reajuste de preço. “De fato a gente vai estar vivendo agora momentos de novos  posicionamento no preço das unidades”, diz ele. Até porque os novos ciclos eles não se sustentam com os preços dos derretimentos de estoque que alguns incorporadores fizeram nos últimos dois anos.

De uma forma geral, além dos empreendimentos econômicos, imóveis na região da Ponta Negra, por exemplo, foram bem demandados, inclusive, empreendimentos de alto padrão que já não tem mais unidades disponíveis para venda. Para se ter uma ideia do aquecimento do mercado, um empreendimento naquela região com 288 unidades e valores  em torno de R$ 850 mil foram todas comercializadas.”Todas as modalidades estão sendo impactados por um choque de demanda”. 

Confrontando os números, a presidente do Sindimóveis-AM, (Sindicato dos Corretores de Imóveis do Amazonas), Márcia Chagas, sustenta que as baixas das taxas de juros e facilidade de liberação do crédito, movimentaram as vendas dos imóveis do Minha Casa Minha Vida. Além disso,  muita gente aproveitou o dinheiro das rescisões para dar de entrada e afirma que os preços dos imóveis caíram em média 30%. “Tanto em locação quanto em venda. E pelo que eu observei muita gente comprou e alugou justamente por conta da baixa”, afirmou.

Em consonância, a proprietária de uma imobiliária, Hellen Melo, conta que nem na pandemia o mercado esfriou. “Com a pandemia os clientes que moravam em apartamentos passaram a procurar por  terrenos e casas prontas e isso permanece. Com a redução da taxa de juros , o mercado deu uma aquecida considerável. Fazendo o comparativo com o ano passado,  este ano está espetacular para venda”, comemorou. 

Nacional 

Comparativamente, a variação mensal do índice ficou abaixo do comportamento esperado do IPCA/IBGE para o mês (+0,24%), segundo expectativa publicada no último Boletim Focus do Banco Central do Brasil*. Uma vez confirmada essa variação dos preços ao consumidor, calcula-se que o preço médio de venda de imóveis residenciais encerrará o referido mês com ligeira queda real de 0,06%. Individualmente, além de Manaus, dentre aquelas que apresentaram maior elevação de preço médio no último mês foram: Brasília (+0,63%), e Maceió (+0,59%).

Em contraste, Recife exibiu novamente maior recuo no preço médio entre as capitais monitoradas (-1,38%), sendo acompanhada por ligeira queda no Rio de Janeiro (-0,08%) e Vitória (-0,06%). No tocante à cidade com maior representatividade na composição do Índice FipeZap, São Paulo encerrou junho com alta de 0,30% no preço médio de venda residencial.

Balanço parcial de 2020: ao final do primeiro semestre, o Índice FipeZap acumula alta nominal de 1,11%, ante variação de +0,08 % esperada para o IPCA no período*. Na comparação entre a variação acumulada do Índice FipeZap e a inflação esperada no mesmo período, a expectativa é que o preço médio de venda dos imóveis residenciais encerre o período com alta real de 1,03%. Na ótica por cidade, a maior parte das capitais monitoradas apresentou avanço no preço médio de venda de imóveis residenciais no período, com destaque para: Florianópolis (+4,16%), Curitiba (+3,24%) e Campo Grande (+2,98%). Em contraste, apenas 3 das capitais monitoradas exibiram queda nominal no preço médio dos imóveis : Recife (-3,88 %), Fortaleza (-1,35%) e João Pessoa (-0,38%).

Últimos 12 meses: nesse horizonte temporal, o Índice FipeZap de Venda Residencial acumula um avanço nominal de 0,81%. Comparando-se com a inflação acumulada nos últimos 12 meses (+2,11%), de acordo com o IPCA (IBGE)*, o índice exibe queda real de 1,27%. Entre as 16 capitais monitoradas pelo Índice FipeZap, Florianópolis registra o maior aumento nominal no preço médio (+4,76%), seguida por Vitória (+3,72%) e Salvador (+3,58%). Em contraste, Fortaleza acumula a maior queda no preço médio de venda residencial entre as capitais (-8,44%), sendo acompanhada por Recife (-4,02%) e Brasília (-2,19%).

Preço médio de venda residencial: tendo como base a amostra de imóveis residenciais anunciados para venda em junho de 2020, o preço médio calculado foi de R$ 7.294/m² entre as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap. Dentre elas, Rio de Janeiro se manteve como a capital monitorada com o preço do m² mais elevado (R$ 9.323/m²), seguida por São Paulo (R$ 9.132/m²) e Brasília (R$ 7.491/m²). Já entre as capitais monitoradas com menor valor médio de venda residencial por m², figuraram: Campo Grande (R$ 4.256/m²), Goiânia (R$ 4.309/m²) e João Pessoa (R$ 4.313/m²).

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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