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Hidrovias e logística

Sabemos que o Brasil é um dos paí­­­­­­­­ses mais ricos do mundo em recur­sos hídricos naturais, formado por dife­­­rentes bacias hidrográficas presen­tes­ em todo o território nacional ligando um extremo ao outro. Dentre as gran­des hidrovias pode­­mos destacar a da Bacia Amazônica, a do Nordeste, a do Sistema Hidro­viá­rio Tocantins – Ara­­­guaia, a da Ba­­­­­­­cia do Rio São Fran­­cis­co, das Bacias do Leste e a do Sis­­tema Tietê-Para­­ná,todas estas com grande potencial de navegabilidade.

Podemos ousar dizer que estas vias,­ ao contrário das estradas, por on­­­de corre o modal rodoviário, não pre­­­ci­sam ser feitas pois a natureza generosamente já as fez. O que realmente precisam é de uma fiscalização rigorosa por parte das autoridades competentes e um investimento em sinalização que propiciará uma navegação mais segura e melhor orientada.

Chamo atenção para o crescimen­­­to da hidrovia da Bacia Amazônica que drena 25% da América do Sul, oferecendo excelente condições naturais à navegação, com 18.300 km de extensão desde a sua foz até alcançar Iquitos (Peru), em uma via fluvial de porte oceânico ,navegável durante to­­­­do o ano por navios oceânicos. Ame­­­­niza a dificuldade de acesso e a ca­­rên­­cia de rodovias, atendendo quase todo o transporte na região, inte­­gran­­do-se ao comércio exterior pe­­­los portos de Be­­lém, San­­­tana-Ma­­capá e Manaus.

São ainda dignos de destaque os ter­­minais portuários fluviais de Cara­caraí, no Rio Branco; Tabatinga, Maués, Barcelos, Coari, Itacoati­­­­­­­­a­ra, Parintins, Óbidos, Santarém, Altamira e Itaituba.

Do outro lado desta bela e genero­­sa navegabilidade estão os transportadores fluviais. Navegam por toda a extensão dos rios e dão a impressão de serem os donos dos rios por onde navegam. Estas empresas não cresceram de uma hora para a outra e muito menos pela sua competência. Cresceram por falta de opção daqueles que se utilizam deste modal para o transporte de suas mercadorias. Possuem uma mão-de-obra mal remunerada ,desprovida de técnicas, desrespeitam o meio ambiente etc…

Mais quando falamos daqueles que se utilizam destas transportado­ras, não falamos tão somente do pe­­­queno produtor, estamos falando do grande produtor incentivado pe­­­­­­­­la Zona Franca, falamos do pólo de duas rodas, falamos das indústrias pro­­­dutoras de eletroeletrônicos etc.

Interessante frisar que no modal aéreo o tempo vale ouro e um erro na programação logística pode pôr tudo a perder. Já no fluvial, que tem como características básicas a falta de velocidade e o baixo custo, parece-me que estes fatores facilitam as em­­­pre­­sas a corrigirem os seus erros no pla­­nejamento logístico sobrecarregando aqueles que para elas oferecem seus serviços, o pessoal do pólo de duas rodas que o digam.

Possuidores de uma aparência on­­­de o erro no planejamento logístico é quase impossível de acontecer, ao contrário vivem errando e quanto mais erram mais exigem dos seus pres­­­tadores de serviços. Exigem rapidez, pois um erro no planejamento exposto a muito tempo, pode trazer uma dificuldade maior no momento da explicação para o pessoal envolvido.

O grande fato é que as empresas que utilizam as hidrovias naturais em nosso Estado precisam parar de com­­­plicar a logística que existe para des­­com­­plicar. Não é admissível que um comboio de balsas que cruza os rios da região amazônica fiquem paradas por mais de oito horas esperando a boa vontade do fiscalizador. Não se pode achar normal o roubo de com­­bustível das embarcações em frente às cidades ribeirinhas sem a menor ação para coibir das autoridades local.

A Capitania dos Portos, que tem como uma de suas atribuições fisca­lizar embarcações e sua respectiva tri­pulação tenha o seu alcance limitado ao encontro das águas para as embarcações que deixam os portos públicos e privados e quando o faz muda a regra do jogo. Com tudo isto, ainda podemos chamar este proces­so de logística, mas desde de que separemos a log

Luíz Cláudio da Silva

É educador corporativo, professor de ensino superior e espacialista em capacitação empresarial
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