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Guilherme Cassel defende atualização de índices de produtividade do setor

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, avaliou ontem que posições contra a atualização dos índices de produtividade da agricultura, visando à reforma agrária, poderão trazer ineficiência ao setor no Brasil. “O que me estranharia é se os (novos) índices fossem muitos exigentes… mas não são. Então, hoje, quem é contra a publicação, está protegendo quem não produz”, disse, por telefone, à Agência Estado, após ser informado que o PMDB recomendou que o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, não assinasse a portaria interministerial com a mudança.
Cassel disse receber a informação com “naturalidade”. “O tema é antigo e sempre suscita reações”, considerou. Ele reforçou que a posição dos críticos faz pouco sentido porque é do conhecimento de todos que os novos indicadores são confortáveis para o produtor. “É estranho que, no século 21, pessoas ainda protejam a improdutividade”, reforçou.
Parte dos deputados do PMDB apresentou, na tarde de ontem, uma alegação contra a atualização do índice, que poderia prejudicar os produtores em anos atípicos. O exemplo foi do setor aviário: em função do aumento da oferta de aves em Santa Catarina, optou-se por reduzir a produção a fim de equilibrar os preços do mercado. Uma decisão como esta, segundo os parlamentares, poderia contar negativamente para o resultado da produtividade de alguns setores em momentos de rearranjo do mercado.
O argumento foi rebatido de pronto pelo ministro do Desenvolvimento Agrário. Segundo ele, a lei estabelece que em situações excepcionais de clima ou mercado, a contabilização da produtividade exclua o ano em questão. “Este não é um bom argumento”, analisou.
Para Cassel, a ideologia é que está por trás de quem está contra a atualização do índice. Os próprios parlamentares chegaram a dizer que o posicionamento do partido era uma questão conceitual. “A terra tem que cumprir uma função social. Não é um carro de luxo ou joia ou anel de brilhante, que se pode usar como bem entender”, defendeu o ministro. Segundo ele, quem se posiciona contra usa a terra para fins políticos ou para especulação financeira.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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