Com o foco no mercado externo, a empresa Águas e Essências da Amazônia planeja iniciar em setembro deste ano a produção de água mineral em Balbina, no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus). A capacidade produtiva inicial da indústria está estimada em 2 milhões de litros de água por mês. O grupo hispano-brasileiro, responsável pelo empreendimento, já investiu o montante de R$ 15 milhões no projeto de pesquisa, que ainda está em andamento.
Segundo um dos três sócios brasileiros da companhia, Afrânio Ribeiro, os recursos foram aplicados na contratação de técnicos, aquisição de máquinas e instalação de tubos e conexões. “O projeto já existe há três anos. Passamos por várias etapas do processo de concessão de lavra determinado pelo DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), sendo que a previsão é concluí-lo ainda em maio”, disse.
A segunda parcela dos investimentos ainda em definição será injetada na construção da fábrica, na compra de mais equipamentos e publicidade.
Algumas ações de marketing já foram desenvolvidas em áreas consideradas potenciais pelos investidores, especificamente regiões no continente europeu e Caribe. De acordo com o executivo, este procedimento é chamado de “marketing de vapor”, isto é, quando ocorre a divulgação do produto antes de seu lançamento.
“A Água Star não atenderá a demanda local. A empresa estará fora da linha de concorrência de Manaus. O que vislumbramos é exportação”, afirmou Ribeiro. Os Estados Unidos, Canadá e América do Sul são outros mercados visados pela companhia.
O total de postos de trabalho que será oferecido com a abertura da fábrica está sendo calculado. “Uma empresa especializada do Sul do país está finalizando o projeto que dimensiona a mão-de-obra suficiente para atender a demanda produtiva”, informou.
Entretanto, o sócio da Águas e Essências da Amazônia informou que serão gerados apenas empregos diretos. “Os funcionários vão receber treinamento para desempenhar a função necessária. Não iremos contratar empresas terceirizadas”, disse.
Inicialmente, será construída a fábrica que vai compreender 400 m2 dos 2,5 milhões de m2 da área total do terreno. “Ao lado desta unidade vão ser construídos outros módulos como almoxarifado, galpão para armazenamento da água, escritório, laboratório de aferição de engarrafamento e qualidade da água”. No total, a área construída será de 2.000 m2. Em toda a extensão do terreno há quatro fontes, tendo a primeira a ser explorada vazão de 400 mil litros hora.
Produto vai ser vendido em garrafas
A água produzida no município de Presidente Figueiredo pelo grupo hispano-brasileiro está sendo divulgada com o nome Água Star. O produto será comercializado em garrafas de 330 ml e 900 ml e em forma de cubo de gelo, vendido em embalagens especiais com seis unidades cada.
Segundo Afrânio Ribeiro, a composição da Água Star é diferente de todas as outras águas. “O aqüfero de Presidente Figueiredo é o mais puro do mundo. Os concorrentes que me desculpem, mas a única água realmente pura é a nossa, porque ela contém zero de minerais”, disse.
O executivo afirmou que outra qualidade da água é o auxílio ao bom funcionamento do organismo devido a uma propriedade descoberta em análise laboratorial, mas que ainda não pode ser revelada.
A projeção de faturamento da empresa no primeiro ano em atividade também é um mistério. Porém, o sócio da companhia garantiu que parte dos lucros será investida em preservação ambiental e ações sociais no município.
“Vamos promover atividades que vão ajudar a comunidade a se manter por meio de projetos econômicos que sejam ecologicamente sustentáveis e viáveis na região”, disse Ribeiro.
A idéia é criar escolas técnicas e um instituto de pesquisa da água. “Será uma espécie de faculdade que dará oportunidade para os jovens exercerem cargos qualificados em empresas sem precisar sair da sua cidade”, comentou.
