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Fenabrave confirma crise e prevê queda

Dados divulgados nesta quarta-feira (2) pela Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores) confirmam a má fase pela qual o setor de duas vem passando no PIM (Polo Industrial de Manaus). De acordo com o levantamento da Federação, houve uma redução de 8,78% nas vendas de motos em todo o país no último mês de setembro, na comparação com o mês anterior. Nos últimos 30 dias, foram comercializadas 117.766 motocicletas em todo o país, enquanto em agosto o número superou 129 mil unidades. Este já é o segundo mês consecutivo de quedas: em agosto a venda de motos caiu 5,96% em relação a julho, segundo a Fenabrave.
O vendedor Moisés Cruz afirma que a procura por motocicletas tem aumentado na concessionária onde ele trabalha. No entanto, o cenário econômico desfavorável tem influenciado negativamente as vendas no setor.
“A procura aumentou, o problema é que os bancos estão restringindo o crédito para esse tipo de negócio, está muito mais difícil aprovar. O público está convicto do seu potencial de compra, mas infelizmente os bancos não estão mais disponibilizando tanto crédito como antigamente”, avaliou.
Ainda segundo Moisés, o resultado só não foi mais desastroso porque a linha de crédito da própria fábrica garante a saída de uma quantidade mensal considerável de motos do pátio das revendedoras.
“Hoje nós temos uma linha de crédito muito boa, que é do Consórcio Nacional Honda, consórcio de fábrica que é responsável pela venda de 400 motos por mês só aqui na nossa concessionária. Nós estamos com resultado positivo graças a este consórcio, que mantém a nossa carteira ativa”, finalizou.
No acumulado de janeiro a setembro a queda foi ainda maior: foram emplacadas, em todo o Brasil 1.129.336 motocicletas, contra 1.242.984 em igual período de 2012 –uma redução de 9,14%. Alta mesmo (+2,7%) só em relação a setembro de 2012, quando apenas 115.264 motos deixaram as concessionárias. E não há expectativas de melhoras neste cenário. Segundo projeções da própria Fenabrave, a tendência é que o setor de duas rodas tenha uma retração de 8,6% nas vendas sobre 2012, com a venda de 1.496.635 unidades.

Autos

Os números da Fenabrave também mostram uma queda na venda de veículos automotores no mês de setembro na comparação com o mês anterior. Com 309.879 veículos vendidos, o mês passado apresentou queda de 6% em relação a agosto, quando foram comercializados 329.202 veículos. Em comparação com agosto, no mês passado houve redução de 6%.
A queda só não foi maior porque o período registrou uma ligeira alta de 2,14% nas vendas de veículos comerciais leves, contrariando a tendência de queda nas vendas de automóveis (-8,39%), caminhões (-3,07%) e ônibus (-5,11%).
No acumulado de janeiro a setembro de 2013, quando foram vendidas 2.780.330 de unidades de veículos no Brasil, a Fenabrave também registrou queda nas vendas em relação a 2012: – 1,07%. Já na comparação com o mesmo período do ano passado, setembro apresentou alta de 5,9%.
“A média mensal de setembro foi igual a dos primeiros nove meses deste ano, com 293.111 unidades (carros e comerciais leves), o que aponta para a estabilidade nos setores de automóveis e comerciais leves. Assim, a ligeira queda, de pouco mais de 1%, no acumulado do ano, não preocupa o setor, que deve apresentar um resultado bom, ainda que mais moderado do que os obtidos nos últimos anos”, disse Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave.
No total, as vendas de todos os tipos de veículos analisados pela Fenabrave (autos, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, importados rodoviários, máquinas agrícolas e outros) caíram, em setembro, -6,57% em relação a agosto. No acumulado do ano houve retração de -2,11%. Já em relação a setembro de 2012, o mês passado teve um incremento de 7,03% nas vendas.
A entidade manteve, no entanto, suas projeções de crescimento para o setor em 2013, sendo esperado aumento de 1,03% para automóveis e comerciais leves, enquanto caminhões deve avançar 12,10% e o segmento de ônibus deve alcançar alta de 13,40%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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