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Greve pode frustrar comércio

O dia das crianças é considerado a terceira data mais importante do comércio, logo após o Natal e o Dia das Mães. No entanto, um momento econômico conturbado, somado às paralisações dos bancários, deve frustrar as vendas para as datas em 2013. A expectativa de crescimento esperada pela CDLM (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus) era de apenas 3% e pode nem acontecer se a greve se estender.
O presidente da CDLM, Ralph Assayag, comentou que, com a dificuldade encontrada pelo consumidor para efetuar seus pagamentos e acessar seu dinheiro devido à greve já vem prejudicando o comércio. “A greve está prejudicando bastante. Esses problemas acabam gerando mais custos ao consumidor. Em um momento como esse qualquer movimentação anormal na área financeira afeta as vendas. A expectativa de crescimento em virtude da data pode vir a não acontecer”, reconheceu.
A gerente da Loja Carrossel Brinquedos, Miriam Maia, conta que a redução de vendas na loja, na semana anterior à semana da criança sofreu uma redução de 30% em comparação com 2013. “Condicionamos isso a essa greve. Se compararmos os períodos iguais, para nós que trabalhamos com público infantil, a redução de vendas foi muito baixa para época. Chegou a casa dos 30%”.
Segundo Miriam Maia a expectativa era de que as vendas tivessem um crescimento de 8% caso não houvesse a greve. “Ainda acreditamos que na última semana possa ocorrer um crescimento em torno de uns 6% já que é há a última semana e a greve não deve se estender mais por tanto tempo”, destacou.
A previsão feita pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) foi de 30% de perdas do varejo, caso a greve se estenda até o quinto dia útil do mês. No entanto a CDLM descartou que a diminuição das vendas chegassem a números tão altos. “Não acredito que chegue aos 30%. Ainda não temos estimativa de quanto será reduzido, mas sem dúvida afeta”, comentou Ralph Assayag.

Inadimplência

Para o presidente da CDLM o maior problema da greve está no aumento que ela pode acarretar na inadimplência nos próximos meses e a categoria dos bancários está tomando medidas equivocadas. “O problema maior é o trabalho com a inadimplência. As pessoas querem pagar suas contas e não têm como, com isso pagam multa, ou seja, valores mais altos que podem comprometer o orçamento, ficam inadimplentes e a gente vai sentir isso daqui a um mês, dois meses”, lamentou.

Sindicato rejeita nova proposta

A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) divulgou ontem uma nova proposta aos sindicato com um aumento salarial de 7,1%, no entanto segundo o presidente do Sindicato dos bancários, Nindberg Barbosa, a proposta ainda esta muito longe do que foi pedido e será recusada. “Ainda está muito distante, a greve irá se manter até segunda-feira e então aguardaremos uma nova proposta que satisfaça a categoria”, afirmou. Ninderberg explica que caso chegue uma nova proposta ela ainda será deliberada em assembléia para só então, caso as propostas sejam aceitas, ter fim a greve, o que deve alongar ainda mais o período.
A greve dos bancários, que começou dia 19 de setembro, já dura 16 dias e paralisou 65% das agências do Estado, segundo dados do Sindicato dos Bancários. Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial de 11,93% exigidos pela categoria (5% de aumento real além da inflação), distribuição do PLR (Participação nos Lucros e Resultado) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. O fim de metas abusivas e a contratação de mais bancários.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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