A queda de 10,57% no preço do quilo do feijão em março refletiu num gasto mais barato na compra dos produtos alimentícios essenciais na mesa do manauara. Apesar do empurrão dado pelo grão, a cesta básica na capital sofreu pouca variação (-0,54%), passando dos R$ 252,75 em fevereiro para R$ 231,31 no mês seguinte.
Segundo a pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Manaus foi a segunda capital a apresentar maior redução no preço do feijão. Outras seis capitais analisadas também mostraram baixas no preço do mesmo. Aqui, o grão esteve nos últimos 12 meses em alta (32,16%), porém nos 29 meses em que a pesquisa é realizada em Manaus o produto teve encolhimento de 32,70% no valor.
Além do feijão, mais quatro itens, dos 12 produtos pesquisados, obtiveram preços mais baixos em março na comparação com fevereiro. A farinha de mandioca ficou em segundo lugar (- 9,03%), seguida da banana (- 4,17%), arroz (-2,3) e açúcar (-1,51%).
Por outro lado, cinco produtos aumentaram os preços no mês. A manteiga mais uma vez encabeçou a lista dos produtos salgados com elevação de 5,85%, vindo logo atrás café em pó (+ 4,49%), óleo de soja (+ 1,78%), carne (1,21%) e tomate (+1,21%).
A manteiga, por exemplo, é um dos produtos com maior sobe e desce desde o início do ano. O pote de 750 gramas de manteiga começou 2011 custando R$ 13,39, depois foi para R$ 12,31 e ficando em R$ 13,03 em março. Esta foi a maior alta entre as outras capitais do Brasil.
Já o café em pó, de acordo com o relatório do Dieese no Amazonas, teve a alta influenciada pelo aumento da demanda mundial por café que elevou os preços do produto para níveis recordes em 2011.
Os únicos itens que não registraram nem queda e nem aumento foi o pãozinho de 500g e o tomate. No acumulado de 12 meses, o pãozinho apresentou 3,15% e o leite, 14,35%. O preço do pão francês que foi praticado aos consumidores em março foi exatamente o mesmo de outubro de 2008, mês em que a pesquisa começou a ser realizada em Manaus. Já o leite, apesar da estabilidade no período, está quase 28% mais caro que há 29 meses.
Outros Estados
Nos outros Estados, as principais altas ocorreram em Natal (6,19%), Salvador (4,90%), Vitória (4,88%) e Rio de Janeiro (4,33%) com quedas pouco acentuadas em Recife (-0,77) e Brasília (-0,05%). Com aumento de 2,45% em março, São Paulo continua a cidade mais cara para se ter os alimentos no carrinho. Os paulistanos pagaram em média R$ 267,58 pela cesta básica.
