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Falar inglês abre portas no mercado de trabalho

Falar inglês abre portas no mercado de trabalho

Por onde a pandemia passou, a economia foi sendo destruída. Entre maio e julho, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o número de desempregados no país aumentou 20,9%. De 10,1 milhões de desempregados em maio para 12,2 milhões em julho. No Norte a alta foi de 21% passando de 786 mil desempregados em maio para 949 em julho.

Mas não se pode parar e a solução do problema é ir à luta. De acordo com a vice-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos, Neidy Christo, “para se manter no mercado, capacitação é uma obrigatoriedade”.

E, acreditem, há vagas de emprego sobrando, e com altos salários.

“Sim, há muitas vagas para cargos diversos. Desde supervisão até mesmo CEO de empresas. Todos com um ponto em comum: vagas para profissionais que falam inglês  avançado”, avisou Rodrigo Bucollo, CEO e criador da metodologia aplicada na Best View Inglês, escola de ensino 100% online de inglês, ouvido pelo Jornal do Commercio.

“Mesmo para vagas que não irão utilizar inglês diretamente os recrutadores darão preferência para os candidatos que falam inglês. E o motivo é simples: para as empresas, um candidato que fala inglês é uma pessoa que já investiu e demonstra interesse em seu crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional”, ensinou Bucollo.

De acordo com especialistas de Recursos Humanos, assim como a economia desacelerou ao longo dos meses, voltará a acelerar à medida que a pandemia for sendo dissipada. Na recontratação de profissionais, um novo olhar desses especialistas será sobre como estes profissionais encararam a quarentena. Quem buscou fazer cursos, ou aprender idiomas, terá melhor atenção.

“Quem, na quarentena, procurou se qualificar, mostrou equilíbrio emocional, foco, proatividade e propósito. Essas pessoas conseguem se planejar e aproveitar o tempo em benefício próprio”, revelou Gisélia Freitas, especialista em pessoas e carreiras, da Associação Brasileira de Recursos Humanos.

Inglês será pré-requisito

Para quem sonha trabalhar numa grande empresa, ou multinacional, o primeiro passo é aprender uma língua estrangeira. A Fundação Estudar listou os cinco idiomas mais interessantes para os brasileiros: o francês, falado em 30 países, incluindo o Canadá; alemão. A Alemanha é o país com a menor taxa de desemprego e a economia mais sólida da Europa e secularmente uma referência em tecnologia; chinês. A China é o maior parceiro comercial do Brasil, com muitas empresas investindo em infraestrutura no país sem falar que nas negociações eles preferem falar em mandarim e não em outro idioma; espanhol. Mais de 20 países no mundo falam espanhol, inclusive todos os da América Latina, com os quais Brasil vem aumentando o comércio. Mas atenção: só o ‘portunhol’ não é suficiente no mundo dos negócios; inglês, o idioma mais difundido internacionalmente. Segundo pesquisa da empresa de recrutamento Page Personnel, 60% das vagas de emprego requerem algum conhecimento de inglês e, em dez anos, isso será um pré-requisito básico. Falar inglês abre boas oportunidades de emprego não só no Brasil, mas no exterior.

“São vagas principalmente para empresas que já fazem ou estão procurando fazer negócios com o exterior, com salários que variam bastante, mas posso afirmar que estão, na média, acima dos R$ 7.500”, falou Bucollo.

Idade não é empecilho

Segundo o CEO da Best View Inglês, menos de 10% dos funcionários de uma grande corporação falam inglês, e até mesmo os grandes executivos têm dificuldade em liderar uma reunião em inglês apelando, quando possível, para o espanhol.

“A grande maioria dos executivos no Brasil focou seus estudos na técnica do seu trabalho porque era o necessário para crescerem em suas profissões. Com a globalização, que acontece faz tempo, e principalmente agora com a pandemia, que acelerou negócios internacionais e estreitou a comunicação com o mundo, esses executivos estão correndo contra o tempo”, lembrou.

Sobre o inglês intermediário e o inglês avançado, citado anteriormente por Bucollo, ele explicou.

“Se o candidato busca uma vaga numa função mais operacional ou até de supervisão, aceita-se o inglês intermediário, mas a partir da gerência, o inglês avançado é fundamental. O importante é ser verdadeiro. Não adianta falar que tem inglês intermediário e rezar para não perguntarem nada em uma entrevista. O inglês é, e ainda será por muitas décadas, a língua oficial do mundo. É mais fácil ensinar um chinês a falar inglês do que o mundo a falar mandarim”, afirmou.

“Quando você aprende uma língua, aprende muito mais do que vocabulário. Você enriquece sua cultura, descobre novas formas de comunicação e abre sua percepção sobre a sociedade”, completou.

E idade não é empecilho para se aprender um idioma.

“Já tive alunos de 60 anos que tiveram um desempenho maravilhoso. Mais importante do que pensar na idade é reconhecer os benefícios que aprender um idioma podem trazer”, concluiu.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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