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Extensão do auxílio vai favorecer a economia

Extensão do auxílio vai favorecer a economia

O impacto da ampliação do  auxílio emergencial até dezembro, anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira 21, vai trazer mais equilíbrio e estabilidade econômica. Esse é um consenso entre economistas e entidades do comércio em torno das principais medidas tomadas pelo governo durante esse período de grave crise. 

“O programa tem um impacto social muito grande. As pessoas mais vulneráveis vão ter mitigadas as necessidades básicas principalmente de alimentação. Mas por outro lado, além deste aspecto, tem o econômico, a partir do momento que as pessoas passam a consumir, esse recurso volta ao erário na forma de tributos e faz a economia girar”, disse José Fernando Pereira , assessor econômico da Fecomercio-AM.

Ele destaca que o êxito do dinheiro transferido pelo governo Federal aos trabalhadores informais foi tão significativo que vai ser concedido até o fim deste ano. 

A mesma percepção é compartilhada pelo  mestre em economia empresarial e finanças da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que tem avaliado os efeitos do programa na população, Marcel Balassiano, com estudos sobre essas ações nesse momento de pandemia mundial. 

A extensão do auxílio é bem-vinda, por dois fatores tanto para minimizar as desigualdades sociais dentro do cenário que o país enfrenta  com a crise de saúde, quanto os reflexos na economia. “É algo relevante para a economia porque essa ajuda fez a roda continuar girando e os impactos serão bem menores em termos de crescimento. Se não fosse a liberação do o auxílio, a queda do PIB deste ano seria ainda maior  do que o esperado de 5,5%, segundo as expectativas de mercado do Boletim Focus. “Essas projeções já foram até um pouco maiores agora a gente está num processo de revisões para perdas menores O benefício ajuda a queda da economia ser um pouco menor e ajuda as pessoas a terem uma renda mínima para poder se manterem minimamente durante esse período”.

Custo elevado

A prorrogação do auxílio por mais meses traz um problema, conforme explica o economista, o programa tem um custo fiscal muito alto, aproximadamente R$ 50 bilhões por mês. Foram mais de 65  milhões de brasileiros beneficiados. “Mas dado a crise atual essa ampliação é vista com bons olhos, apesar da não definição do valor das próximas parcelas. Mas R$ 600 reias é uma valor alto, o triplo do Bolsa Família, mas para o momento, é algo benéfico.

Ainda em relação ao valor do auxílio o economista é categórico em afirmar que não dá para manter esse auxílio nesse patamar para sempre, é por isso que as propostas sobre o valor das parcelas até dezembro, por enquanto, tem o valor menor. “Você ir reduzindo o valor do benefício gradualmente é algo positivo tanto para a economia, quanto para as pessoas poderem se programar um pouco melhor, com isso acaba não sendo uma queda rápida de R$ 600 para zero”.

Durante a gestão da crise, o programa do governo federal é tido como um dos mais bem sucedidos, apesar das críticas devido ao número de fraudes. Embora os custos altos, houve a necessidade de gastar estímulos fiscais. “A discussão central mais para frente, com chegada da vacina, é que não faria sentido manter, principalmente nesse nível como o nome do próprio programa, auxílio emergencial. Discussão sobre renda mínima é outra história, obviamente super legítimo. “Uma das grandes incertezas sobre a recuperação econômica no pós-crise é como a economia brasileira vai se comportar quando o auxílio emergencial for diminuído e, posteriormente, encerrado”. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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