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Exploração de petróleo prevê investimentos de R$ 3,3 bilhões

Petróleo despenca e derruba ações da Petrobras

Os investimentos previstos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na fase de exploração de petróleo e gás, envolvendo atividades de blocos sob contrato, este ano, totalizam R$ 3,366 bilhões, dos quais R$ 2,625 bilhões serão investidos em 30 poços exploratórios, R$ 184 milhões em levantamentos geofísicos e R$ 557 milhões em atividades acessórias.

Os dados constam da segunda edição do Relatório Anual de Exploração 2021, divulgado ontem pelo diretor da ANP, Fernando Moura, durante o 2º Seminário Instrumentos de Divulgação de Informações sobre Exploração de Petróleo e Gás Natural. O coordenador de Regulação da SEP (Superintendência de Exploração) da ANP, Edson Montez, avaliou ser factível a previsão de atingir este ano 30 poços exploratórios das comodities.

De janeiro até junho, já há 15 poços perfurados no País, informou Montez. “A gente está pronto para ultrapassar o desempenho que teve em 2020, quando foram perfurados 16 poços”, disse.

Os 22 poços exploratórios perfurados em 2021 representam aumento de 38% em relação a 2020. Fernando Moura destacou que a divulgação do segundo Relatório Anual de Exploração é uma importante fonte de informações e de análises sobre o desempenho de exploração do País, podendo contribuir para o aprofundamento da avaliação e compreensão sobre os rumos do segmento, auxiliando ainda no planejamento e decisões futuras sobre os investimentos a serem realizados. De acordo com o diretor, o relatório, bem como o Painel Dinâmico da Fase de Exploração, atualizado em abril, constituem ferramentas que agregam valor às informações fornecidas à sociedade, bem como conhecimento.

O Relatório Anual de Exploração 2021 incorpora a série histórica iniciada em 2016. Nesse período, foram efetivadas 27 declarações de comercialidade, etapa que constitui o ápice da fase de exploração, das quais 19 em bacias terrestres e oito em bacias marítimas.

A analista de Infraestrutura da SEP, Lydia Hughenin Queiroz, disse que, em 2021, foram efetivadas três declarações de comercialidade, sendo duas na Bacia do Recôncavo e uma na Bacia do Parnaíba, havendo outras nove declarações não efetivadas, sob análise da ANP, o que soma 36 declarações de comercialidade, das quais 20 em bacias terrestres e 16 em bacias marítimas.

No final de 2021, havia no Brasil 39 empresas operadoras, sendo a Petrobras a companhia com maior quantitativo de blocos sob contrato (68) e a única a atuar em ambientes marítimo e terrestre. Do total de 246 blocos sob contrato na fase de exploração em bacias sedimentares, 57 se achavam em situação de suspensão no final de 2021, segundo os dados oficiais.

Nota abre Perfil

Correria pela arrecadação nos Estados

Governadores de Estados tentam derrubar a lei que mudou as regras de incidência do ICMS em combustíveis. Pelo menos 11 gestores estaduais decidiram recorrer ao STF para suspender a legislação. Eles pedem que a maior Corte do País decrete a inconstitucionalidade das medidas. E alegam que a arrecadação ficará comprometida. O imposto representa a maior fatia dos recursos arrecadados pela máquina estatal, comprometendo verbas destinadas para a saúde, educação e outras serviços básicos no setor público.

O governo federal justifica as mudanças como uma estratégia para frear os aumentos seguidos na gasolina, no álcool e no etanol, que impactam diretamente em todos os setores da economia. Porém, lideranças políticas e empresariais argumentam que as ações são estritamente eleitoreiras. O presidente Jair Bolsonaro (PL) pretende fisgar o voto do eleitor para continuar governando o Brasil por mais quatro anos, algo que ganharia impulso freando a escalada dos preços da Petrobras. O problema é que o Planalto não pode apitar na política da empresa. Com sua maioria de acionistas, a companhia pode manipular o mercado a seu bel-prazer. Pior para os consumidores.

Ninharia

Caminhoneiros consideram uma ninharia os R$ 400 que receberão de Bolsonaro para subsidiar a alta no diesel. A categoria promete uma greve que deve ser desencadeada nos próximos dias. Para acalmar os ânimos, o Planalto já estuda a possibilidade de dar uma gratificação de até R$ 1 mil, temendo a repercussão negativa de um movimento que pode paralisar o abastecimento de produtos no País. Lula, potencial adversário do atual presidente, toca cada vez mais no ponto nevrálgico do governo. E se beneficia.

Balcão

A prisão de Milton Ribeiro depõe ainda mais contra as pretensões de Bolsonaro de ficar mais quatro anos no governo. O ex-ministro da Educação foi preso acusado de manter um balcão de negócios que supostamente beneficiava pastores evangélicos com a distribuição de verbas. Ontem, uma operação da Polícia Federal o surpreendeu. E de nada adiantaram seus argumentos de inocência. A defesa recorreu, mas a justiça determinou a sua transferência para Brasília. O cerco se afunila ainda mais.

Medidores

Ontem, a aprovação do projeto que proíbe a instalação dos novos medidores de energia foi comemorada com gritos efusivos de alegria na Assembleia. É mais uma vitória na queda de braço contra a operacionalização de um sistema considerado nocivo à população. Muita gente já foi às ruas, formando barreiras humanas para impedir que os aparelhos fossem instalados. A empresa é acusada de fazer ‘gato invertido’, quando cobra a mais por um consumo irreal. Desta vez, o usuário venceu.

Javari

O ministro Luix Fux, presidente do CNJ, assumiu o compromisso de melhorar a infraestrutura de comunicação em Atalaia do Norte (AM), onde Dom Phillips e Bruno Pereira foram mortos barbaramente. “Vamos tratar da questão com o Tribunal de Justiça do Amazonas, pois aquela região judiciária precisa ter uma prestação eficiente, inclusive para evitar que outras tragédias se repitam”, destacou. Ontem, a Ufam fez um ato em homenagem a Phillips e Bruno. Essencial combater crimes na Amazônia.

Javari 2

O procurador-geral Augusto Aras determinou que os ministérios da Defesa e da Justiça e Segurança Pública, a diretoria-geral da Polícia Federal e o governo do Amazonas aumentem o número de agentes nos municípios de Atalaia do Norte e Tabatinga, ambas no Amazonas. Ontem, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, afirmou que está muito preocupado com a perda da soberania na Amazônia para o crime organizado. É possível. Facções criminosas agem livremente nessas áreas extensas.

Greve

Servidores de pelo menos 18 sedes da Funai realizarão atos e prometem paralisar os serviços a partir de hoje com foco em duas reivindicações – a saída de Marcelo Xavier da presidência do órgão e uma profunda investigação da morte de Bruno Pereira e de Dom Phillips, no Vale do Javari, em Atalaia do Norte (AM). Bruno pediu licença em 2019, apontando obstáculos para dar continuidade aos seus trabalhos de defesa dos povos indígenas, sobretudo os isolados. Torcemos que haja mais segurança na área.

Salários

Ontem, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), anunciou a antecipação do 13º salário dos servidores públicos municipais. Mais de 33 mil servidores receberão, ainda neste mês de junho, a primeira parcela do pagamento. Somados à folha do município, a prefeitura injetará um montante de aproximadamente R$ 320 milhões na economia local até o final deste mês. Incrível, os brindes sempre acontecem nos dias que antecedem as eleições. Hoje, Almeida é o maior cabo eleitoral do governador.

Navegação

A situação se complica no transporte fluvial da região com o novo reajuste do óleo diesel marítimo. Segundo dados do Sindarma (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Amazonas (Sindarma), o preço do litro do combustível passou de R$ 6,15 para R$ 7, impactando nas operações das embarcações e balsas que abastecem o interior do Estado. Os aumentos também geram insatisfação entre os caminhoneiros, que já admitem a deflagração de nova greve. Ninguém aguenta mais tanto arrocho.

FRASES

“Ela trata a gente como se devêssemos favor”.

Sinésio Campos (PT), deputado estadual, sobre atuação da Amazonas Energia.

“Governo federal não compactua com qualquer ato irregular”.

Nota do MEC, em resposta à prisão do ex-ministro Milton Ribeiro.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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