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Especialistas em TV digital apontamaspectos da nova tecnologia

Especialistas passaram dois dias discutindo as vantagens, o que muda, os conceitos básicos e como funciona a interatividade da TV digital durante o 1º Seminário de TV Digital realizado pela Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica).

O evento iniciou na última segunda-feira e encerrou ontem, às 18h30, no auditório da Suframa (Distrito Industrial).
No primeiro dia do seminário, o doutor em Eletrônica Eduardo Barros da Silva, da Coppe (Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), fez uma análise sobre os conceitos da terminologia da TV Digital, ao falar sobre o padrão adotado no Brasil em 2006. “O Brasil já trabalha com vídeo digital há pelo menos 10 anos, com as TVs por assinatura via satélite.

Segundo Eduardo Barros, quando se fala em TV Digital, está-se falando de transmissão aberta, para todos. Ainda em sua palestra, o especialista enfatizou que é mito a história de que será preciso mudar de aparelho de televisão para poder receber os sinais digitais transmitidos pelas emissoras. “O que será necessário é a aquisição de um set-top box, um conversor de sinais digitais em analógicos”, garantiu.

A doutora em Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Carla Pagliari, do Instituto de Matemática e Estatística da UERJ, explanou sobre a forma de compressão de dados de imagem e som. “A TV Digital pressupõe uma gama de informações astronômicas. Para que esses dados sejam enviados pelas ondas de rádio é necessário comprimi-los”, disse.

Carla disse que o Brasil adotou, em 2005, o padrão H264, superior ao usado nos EUA (MPEG2), porque consegue ocupar ainda menos espaço nas faixas de freqüência para a transmissão. “Isso foi possível porque o país demorou para definir qual sistema usaria ao mesmo tempo em que se desenvolvia essa nova ferramenta”, esclareceu.

Palestrante trata sobre interatividade

O professor da Fucapi e mestre em tecnologia da informação, Humberto Ribeiro, abordou a interatividade, ou seja, a comunicação do espectador com a própria emissora, seja para descobrir o perfil de um determinado entrevistado de um programa, ou para comprar produtos diversos através do controle remoto. Ele disse que existem basicamente dois tipos de interatividade: a falsa e a efetiva.
A primeira, apontou o especialista, é quando as ofertas de informação aparecem ao espectador e ele opta por ela naquele momento ou depois. A outra ocorre quando o espectador busca a qualquer tempo o que lhe interessar, comunicando-se em tempo real com a emissora de TV.

Aproximadamente 150 pessoas participaram do evento, entre estudantes e profissionais da área de tecnologia. Para José Alberto Cruz, do 6º período do curso de Engenharia de Produção Elétrica da Fucapi, a oportunidade de participar deste evento é relevante para conhecer as novas tendências do país. “Uma das dúvidas que foram esclarecidas foi a relativa à escolha do padrão de TV Digital no Brasil”, disse. De acordo com o calendário do governo federal, as primeiras transmissões digitais para a TV aberta terão início em dezembro, em São Paulo.

Mostra tecnológica

O 1º Seminário de TV Digital faz parte da programação da II Mostra de Educação Tecnológica Fucapi, que começou na última quinta-feira e se estendeu até ontem. Os temas tratados no último dia do evento foram “IPTV versus TV via internet”, ministrada pelo professor do departamento de eletrônica e telecomunicações da UERJ, Lisandro Livisolo; “Implantação da TV digital no Brasil”, com Humberto Ribeiro e “O Equipamento set-top box desenvolvido na Fucapi”, ministrado pelo professor Ademir de Jesus Lourenço,.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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