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Escolas estaduais podem ter psicólogos

Um projeto de lei que propõe implantar serviços de psicologia escolar na rede de estadual de ensino foi apresentado pela deputada Therezinha Ruiz (DEM) a ALE (Assembleia Legislativa do Estado) esta semana. De acordo com a parlamentar, o psicólogo deverá atuar como agente de mudanças referente ao processo ensino-aprendizagem, bem como intermediar a relação professor e aluno e acompanhar as mudanças sociais inerentes ao âmbito escolar. Com a aprovação desta lei, pelo menos 540 profissionais da área de psicologia serão beneficiados, já que existem 540 escolas estaduais no âmbito do Amazonas e a proposta sugere que cada escola tenha disponível, pelo menos, um psicólogo.
Segundo a deputada, a presença de um profissional de psicologia nas escolas beneficia os alunos e professores amazonenses, pois melhora a aprendizagem e facilita o entendimento do processo de desenvolvimento escolar. O projeto de lei prevê que o ideal seria a criação de dois cargos de psicólogo escolar para cada uma das seis Coordenadorias Distritais da capital e um para cada município do interior.
“O psicólogo vem para somar na escola juntamente com o pedagogo e auxiliar os alunos, a família e os profissionais da educação. O objetivo deste projeto é criar a função do psicólogo escolar que deverá amenizar os casos de estresse e violência entre alunos e professores dentro da sala de aula. Também deverá ser um orientador através de palestras aos nossos jovens contra a gravidez precoce infanto-juvenil e a prevenção ao mal do século que é a dependência química e o tráfico de drogas”, afirmou Ruiz.
De acordo com a parlamentar Democrata, o psicólogo escolar deverá atuar juntamente com a equipe técnica pedagógica nos processos de motivação adequada e fundamentada em preceitos técnicos científicos bem como sócio-psiquico e pedagógicos.
“O psicólogo na escola também vai atuar no desenvolvimento estrutural do ser humano orientando o processo educativo quanto à influência de variáveis internas e externas que determinam a sua maturação neuropsicológica, no questionamento dos fatores culturais, sociais e econômicos de sua comunidade escolar, visando à qualidade de ensino, além da orientação em relação à satisfação dos profissionais da educação e ao rendimento satisfatório do aluno. Se for bem trabalhada em nossos alunos a orientação sócio-psiquico-pedagógica, com certeza vamos reduzir a repetência e a evasão escolar”, prevê.
Até o final da sessão ordinária na ALE em que a deputada apresentou o projeto de lei, mais de 12 deputados já haviam assinado a favor da proposta. Agora o projeto vai tramitar pelas comissões especializadas da Assembleia Legislativa.

Psicologia para alunos e mestres

Para o coordenador do Conselho Regional de Psicologia – seção Amazonas, Julio Cesar Carregari, o projeto de lei é importante no sentido de agregar qualidade, não apenas ao ensino público, como também na formação de caráter e de socialidade dos estudantes e no preparo diário dos professores que possuem contato direto com os estudantes.
“O psicólogo pode atuar na relação entre os professores e alunos, contribuindo para a evolução social do estudante, preparando-o para adquirir uma postura melhor diante da sociedade”, explicou Carregari, ressaltando que os professores, muitas vezes, precisam também da ajuda destes profissionais, inclusive quando se trata da aproximação e contato direto com os pais e família dos alunos.
“Existem diversos problemas dentro das escolas que poderiam ser contidos ou evitados com a presença de um psicólogo, como a violência ou a evasão escolar”, avaliou.
A ideia seria não apenas fornecer um acompanhamento profissional como também atuar junto com os governos na elaboração de novas políticas públicas para o Estado.
Segundo o Conselho, se aprovada a lei proposta pela deputada Therezinha Ruiz o governo poderá dispor de 1.971 profissionais de psicologia registrados no Amazonas, para atuar nesta atividade.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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