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Entrevista com Maria do Carmo, reitora da Fametro

Entrevista com Maria do Carmo, reitora da Fametro

Celebrando 18 anos de atuação no Amazonas, a Fametro tem muito a comemorar. Cumprindo o seu papel educacional, entre desafios e muitas conquistas, a instituição se consolidou ao longo dos anos e, atualmente está entre as melhores em ensino no Amazonas. A faculdade concentra  23 mil alunos entre os cursos de graduação e pós-graduação. Em entrevista ao Jornal do Commercio, a reitora da Fametro, Maria do Carmo,  falou sobre o desempenho da faculdade em Manaus, destacando a expansão da universidade para outros Estados e municípios amazonenses. A reitora também explicou sobre as obras do Hospital Universitário da instituição que vai funcionar na antiga sede da Santa Casa de Misericórdia.

Jornal do Commercio – Quais foram as ações propostas pela instituição na busca pelo crescimento?   

Maria do Carmo – Nesses 18 anos estamos cumprindo rigorosamente aquilo que nos propusemos desde o início, que era fazer uma educação de qualidade com preço justo. Esta iniciativa no começo fez toda a diferença. Fazendo um retrospecto, nós derrubamos os preços das mensalidades no Estado que eram muito altas.As pessoas aprenderam que não estavam tendo só um preço mais baixo, mas sobretudo qualidade de ensino que é a nossa marca até hoje.  

JC – Dentre as principais metas alcançadas pela Fametro está a expansão. Fale um pouco sobre esse desafio.

Maria do Carmo – Desde o ano passado, resolvemos avançar para o interior do Estado. Começamos o projeto de expansão tendo em vista o número de habitantes de cada cidade. Hoje atuamos em seis municípios -Manacapuru, Tefé, Tabatinga, Parintins, Coari e Itacoatiara e já temos nossas unidades movimentadas todas em funcionamento, claro que houve um certo atraso por conta da pandemia, mas retomamos as nossas visitas, às nossas atividades e tem sido uma surpresa porque as cidades acolheram com muita alegria uma faculdade que se instala, que gera emprego e movimenta a economia. 

JC – Qual o diferencial de ampliar as atividades até esses municípios, considerando que é um público diferenciado da capital. Quais os tipos de cursos e a maior demanda? 

Maria do Carmo – Nós temos procurado replicar toda a nossa expertise para o interior, inclusive os cursos são os mesmos. Agora, a gente parte para ver quais são as necessidades locais. De início, todos os cursos são idênticos aos da capital. São faculdades mesmo. Não são polos. Significa dizer que lá vai ter visita do MEC. Nós temos para cada município três cursos que já estão autorizados como Administração, Logística e Pedagogia. As escolhas dos cursos é justamente atender a demanda de atuação dos profissionais nestas áreas 

JC – Um dos passos mais importantes para a instituição foi arrematar a antiga Santa Casa de Misericórdia para a criação do futuro Hospital Universitário. Como foi adquirir o espaço e a ideia de investir num patrimônio que fez história para o Amazonas?

Maria do Carmo – Nós já tínhamos o projeto em andamento de um hospital universitário e nos desafiamos,  já que a Santa Casa ia a leilão por que não? Além disso, nós temos um curso de medicina considerado um dos melhores do Brasil.  Estamos fazendo tudo dentro dos moldes previstos pelo Iphan, temos contratado pessoas que vão cuidar do patrimônio. O projeto vai manter a fachada do local sem nenhuma alteração. Além disso, estamos buscando nos adequar às necessidades do nosso tempo que são outras.  Nós vamos oferecer à população um hospital muito bonito. E atenderá, também, o SUS (Sistema Único de Saúde). É um grande desafio, mas a gente vai vencendo porque é assim que estamos conseguindo trabalhar e avançar.

JC – Existe um entendimento que as instituições particulares  ainda deixam a desejar quando o assunto é um ensino eficiente. Qual a sua percepção sobre o ensino público versus privado? 

Maria do Carmo – No nosso caso, eu sou totalmente contrária a essa afirmação. A nossa faculdade é a única que obteve  nota 4 entre as instituições públicas e privadas, que representa apenas 6% de todas as faculdades do país. A UEA também tem nota 4, mas ela está numa faixa inferior a nossa. Essa nota não pode ser fabricada é uma avaliação com o aluno, aplicada pelo Enade, que é um componente de 70% em relação ao aluno. Neste contexto, o MEC avalia qual foi a curva de aprendizagem desse aluno. Então, nós temos a nota 4. Somos a melhor instituição de ensino privada no Estado. 

JC – A educação no Brasil ainda caminha a passos lentos, estamos distantes de garantir o nível de elevação nessa área. Como você observa este cenário? 

Maria do Carmo – De um modo geral o Brasil ainda está muito aquém. No índice geral de educação mundial nós só temos cinco universidades no ranking das melhores. A USP é a “vedete” do cenário. Ainda temos uma longa caminhada, mas nada que desanime, pelo contrário, quem sabe outras Fametros estejam por aí, com pessoas fazendo este mesmo trabalho que os nossos colaboradores executam, com essa consciência de educação de qualidade. Isso é unânime. A educação foi estagnada nos últimos quarenta anos. Embora tenhamos pesquisadores, ainda é incipiente. A que se repensar todo o modelo de sistema educacional que está aí. O Brasil tem avançado bastante na questão da educação  e as instituições privadas têm carregado o “piano” da educação.

JC – No momento, qual o maior desafio da Fametro?

Maria do Carmo – O nosso maior desafio agora é avançar as nossa fronteiras e sair do Estado e já estamos fazendo isso. Nós começamos as atividade em Boa Vista com o nosso colégio. A ideia é  avançarmos para faculdade no próximo ano. Vamos iniciar as nossas atividades também em Santarém, inclusive estamos em fase final, no que diz respeito a instalação. Eu acredito que até o mês de dezembro estaremos inaugurando a faculdade. Temos ainda um projeto para o ano que vem em Ceilândia, no Distrito Federal e ainda em Fortaleza. Vamos sair do Amazonas para o mundo ver.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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