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Entreposto comercial dá mais fôlego ao PIM

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As fábricas da Zona Franca de Manaus ganharam ontem um novo armazém comercial no município de Ipojuca (PE), na Região Metropolitana de Recife, para o escoamento de seus produtos. A criação do entreposto de Pernambuco, o primeiro localizado na região Nordeste, foi oficializada ontem através do Protocolo ICMS 22 e publicada no DOU (Diário Oficial da União).
Flexibilidade logística, mais agilidade nas entregas e condições de competitividade com outros Estados brasileiros foram apontadas por representantes da indústria no Amazonas como as principais vantagens para o segmento.
“O entreposto de Ipojuca é estratégico para aumentar a competitividade das indústrias do PIM, dando maior agilidade no escoamento das mercadorias aqui produzidas”, declarou, em nota, o superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), Thomaz Nogueira.
“Quem ganha são as empresas. A mudança não resolve nosso problema com as importações, mas nos dá competitividade interna e principalmente rapidez para escoar os produtos”, emendou o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco.
Estimativas da Sefaz-AM (Secretaria de Fazenda do Amazonas) apontam para uma redução do prazo de entrega para os centros consumidores do Nordeste de duas semanas para no máximo dois dias.
“Vamos ganhar em tempo e reduzir custos com o frete. A entrega do pedido será quase imediata em comparação ao tempo que levamos hoje, o que representa um avanço para suprir nossa enorme carência de infraestrutura logística”, comemorou o consultor das empresas do PIM, Teruaki Yamagishi.
Ele explica que produtos pequenos de alto valor agregado como relógios e metais preciosos continuarão seguindo por via aérea, mas afirma que principalmente os produtos eletroeletrônicos e de duas rodas serão beneficiados pela armazenagem.

Funcionamento

Na prática, o protocolo suspende a incidência do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) na saída produtos do PIM para o entreposto pernambucano, sendo cobrado apenas na saída, quando a venda for efetivada do fabricante para o varejo. Caso não haja venda em 180 dias, o imposto será recolhido em favor do Amazonas, considerando a data da saída do estabelecimento.
“O entreposto vai funcionar como extensão do nosso parque fabril. Antes as empresas enviavam os produtos para outros armazéns e já tinham que pagar o ICMS antecipadamente”, informou o secretário executivo da Sefaz–AM (Secretaria da Fazenda do Estado do Amazonas), Afonso Lobo.
Segundo ele, só é preciso ficar atento aos efeitos na arrecadação estadual já que vai retardar o recolhimento do imposto, gerando um pequeno problema de fluxo.

Nordeste

O presidente do Setcam (Sindicato das Empresas de Agenciamento de Cargas, Logística e Transportes Aéreos e Rodoviários de Cargas do Estado do Amazonas), Raimundo Augusto Nonato, enfatiza que atender o Nordeste é fundamental “já que ele representa cerca de 22% do mercado consumidor brasileiro”.
Dados do Ibope Inteligência apontam ainda que, só este ano, o mercado consumidor vai crescer 24,1% no Nordeste.
Afonso Lobo informou que o processo licitatório para o credenciamento da administradora do armazém deve iniciar ainda esse, e que o funcionamento do entreposto deve iniciar no segundo semestre desse ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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