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Energia pode render R$ 50,5 bi ao AM

A reserva de gás no Amazonas continua chamando a atenção de investidores. Agora, além do uso do gás para alimentar a indústria e usinas termelétricas em Manaus, nesta semana, o governador José Melo recebeu executivos da Rosneft Brasil, subsidiária brasileira da empresa russa que substituiu a HRT Participações. No encontro, o grupo apresentou o projeto que visa a implantação de uma termelétrica em Carauari, com linha de transmissão de 790 quilômetros até Manaus, onde se interligará ao SIN (Sistema Nacional de Energia).
O projeto teria uma receita de R$ 50,5 bilhões, num período de 25 anos, na forma de royalties, participação especial e ICMS, além de promover a expansão da interiorização do atendimento elétrico aos municípios do Amazonas. De acordo com os executivos da Rosneft os estudos mostraram que a termelétrica seria competitiva no leilão de energia do governo federal. “O Projeto é nosso. Temos todo o interesse em atrair investimentos que possam nos ajudar a desenvolver o interior do Amazonas”, afirmou José Melo. Na ocasião, o governador colocou à disposição do projeto a equipe de governo, sob a coordenação da Seplan-CTI (Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), que atua no desenvolvimento da nova matriz econômica do Estado.
O Amazonas é o terceiro maior produtor de petróleo e gás natural do Brasil e responde por 15% de toda produção de gás em território nacional. De acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo), foram produzidos no Estado 115.185 mil barris de óleo equivalente por dia no mês de abril de 2016, sendo 24.773 barris diário de petróleo e 14,37 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural. Em todo o país, a produção de gás apresentou um crescimento de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2015. Já a produção do petróleo teve aumento de 1,1% comparado com igual período do ano anterior.
Mesmo com a altíssima qualidade do petróleo encontrado no Amazonas, são as reservas de gás que fazem da região um mercado potente na esfera econômica. A quantidade de gás no município de Coari, a 421 km de Manaus, coloca o local como maior produtor terrestre de gás natural. De acordo com informações da Cigás (Companhia de Gás do Amazonas) no segmento não-térmico, o volume comercializado em maio foi de 97.213 metros cúbicos de gás/dia.
Houve um aumento de 14% quando comparado com o mesmo período do ano anterior e um aumento de 4,3% tendo como base o mês de abril deste ano. “O aumento do consumo do gás natural em Manaus é reflexo da valorização do combustível enquanto alternativa no período de crise econômica”, disse a companhia. De acordo com a empresa, o segmento industrial apresentou um volume comercializado de 82.620 metros cúbicos/dia em maio, um aumento de 5% em relação ao mês anterior e 15% em comparação com maio de 2015.
Segundo o diretor-presidente da Cigás, Lino Chíxaro, o gás natural já é uma realidade no Amazonas e tem grande importância para o Estado. “Ele é responsável por gerar cerca de 60% da energia elétrica consumida na capital. O grande número de empresas que também aderiu ao gás natural é uma prova de que o combustível é uma alternativa segura de economia em tempos de crise”, afirma. Atualmente a Cigás fornece o combustível para 60 clientes divididos nos segmentos térmico, industrial, comercial, veicular e, futuramente, residencial.

Petróleo

Pioneira na descoberta de petróleo na Amazônia brasileira, a Petrobras iniciou pesquisas ainda nos anos 50. A estatal iniciou a exploração e a produção de petróleo e gás natural na região do rio Urucu, em 1988 e hoje são consideradas suas atividades centrais.
O petróleo é de alta qualidade, sendo o mais leve dentre os óleos processados nas refinarias do país, sendo aproveitado especialmente na produção de derivados como a gasolina, óleo diesel e GLP (gás de cozinha).
Segundo a estatal, a maior parte das reservas de petróleo está em campos marítimos, o que tem levado as atividades de perfuração a atingirem profundidades cada vez maiores. Até 2019, a Petrobras espera investir US$ 80 bilhões em exploração e produção de petróleo e gás natural.

Gasoduto Urucu-Coari-Manaus

O gasoduto Urucu-Coari-Manaus tem capacidade de transportar 5,5 milhões de metros cúbicos/dia e liga as unidades de produção localizadas no Polo Arara, em Urucu, até Manaus. Segundo a Petrobras, o gás natural transportado neste gasoduto chega às usinas Aparecida, Cristiano Rocha, Jaraqui, Manauara, Mauá, Ponta Negra e Tambaqui, gerando 760 MW de energia elétrica.
Investimento no polo
A Moto Honda da Amazônia iniciou, há dois anos, a implementação do gás natural, proveniente do gasoduto local de Urucu (em substituição ao GLP -Gás Liquefeito de Petróleo), em substituição ao Gás Liquefeito de Petróleo, no processo produtivo da fábrica. A iniciativa que contou com investimentos na ordem de R$ 3,7 milhões, permite que a empresa deixe de emitir mais de 2.095 toneladas de CO2 por ano. “Apenas em Pesquisa e Desenvolvimento, os investimentos ultrapassam R$ 200 milhões e isso inclui a construção do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia que contribui para o desenvolvimento de novas tecnologias de produção com menos impacto para o meio ambiente”, destaca o diretor de Relações Institucionais da Honda Paulo Takeuchi.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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