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Empresário do comércio de Manaus mantém confiança, aponta pesquisa

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Os comerciantes de Manaus estão mais satisfeitos com o desempenho da economia e dos negócios, e mantém otimismo em relação aos resultados deste ano, apesar de o entusiasmo ter arrefecido em 12 meses. Os números da pesquisa do Icec (Índice de Confiança do Empresário do Comércio), medido pela CNC, apontam para um sexto mês seguido de crescimento em janeiro, embora o incremento tenha ficado abaixo da média nacional.

O indicador cravou 140,6 pontos em Manaus e subiu 1,2% no confronto com dezembro de 2019 (139). Foi o melhor resultado desde março de 2019 (139,6), coroando a recuperação experimentada desde setembro do mesmo ano (133,4), depois dos cinco meses de queda anteriores. Em relação a janeiro do ano passado (136,8), houve crescimento de 2,78%. No Brasil (126,6), as expansões foram de 2% e de 4,7%, respectivamente.

Apurado entre os tomadores de decisão das empresas, o levantamento avalia condições atuais, expectativas de curto prazo e intenções de investimento dos comerciantes. Pontuações abaixo de 100 representam a zona de insatisfação, enquanto acima de 100 e até 200 é considerado de satisfação. A CNC sondou aproximadamente 6.000 empresas de todas as capitais do país – 164 delas, em Manaus.

Em Manaus, todos os subíndices do Icec ficaram na zona de satisfação. Cinco dos nove listados avançaram em relação a janeiro de 2019, com destaque positivo para “condições atuais do comércio/CAC” (+11,17%) e negativo para “expectativa da economia brasileira/EEB” (-4,30%). No confronto com dezembro, o maior aumento foi detectado em “condições atuais da economia/CAE” (+8,5%) e a queda mais expressiva veio da satisfação com os estoques (-2,4%). A maior pontuação veio de “expectativa das empresas comerciais/EEC (173,9) e a menor, de “situação atual dos estoques/SAE” (101,3). 

Especificamente sobre a situação atual da economia (124,7), a maioria absoluta (55,2%) dos entrevistados em Manaus considerou que “melhorou um pouco”. Em torno de 17% avaliaram que a situação “melhorou muito”, 15,8% apontaram que “piorou um pouco” e 12% garantem que “piorou muito”. De uma forma geral, a satisfação é maior nas empresas com mais de 50 empregados (125,8) e que atuam no segmento de produtos não duráveis (137,5)

As avaliações do empresariado de Manaus sobre o setor (132,4 pontos) e a respeito de sua empresa (143,9) são ainda melhores. Em ambos os casos, a maioria acha que a situação atual “melhorou um pouco” (52,4 e 54,9 pontos, respectivamente). Companhias de maior porte (145,3 e 153,2) e que trabalham com produtos perecíveis (146 e 149) também lideraram o otimismo, em ambos os grupos.

Empregos e investimentos

As expectativas para a economia brasileira (167 pontos) são muito (51,5%) ou pelo menos pouco (41,4%) positivas para a maioria esmagadora dos empresários comerciais de Manaus. A situação é semelhante no que se refere às projeções para o setor (50,4% e 45,1%, respectivamente) e para o desempenho do próprio negócio (55,2% e 41,6%, na mesma ordem).

O otimismo se reflete em menor grau nas intenções de contratar e investir. Em torno de 51,6% dizem que o contingente deve “aumentar pouco” e 23,9% apostam que vai “aumentar muito”. Para 36,1% das empresas sondadas na capital amazonense, o nível de aportes de capital no próprio negocio deve ser “um pouco maior” e 24,7% arriscam que será um “muito maior”. 

O assessor econômico da Fecomércio AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), José Fernando Pereira da Silva, destaca que o varejo local vem crescendo, de forma modesta e sustentável, a partir do segundo semestre, com pico no Black Friday – “um evento que veio para ficar” – e culminando no Natal e Reveillon.   

“Os números da pesquisa confirmam o que já esperávamos, já que o crescimento do volume de vendas do comércio e dos serviços do Amazonas foram mais altos do que a média nacional. E, em 2020, devemos ter resultados muito positivos, apesar dos feriados. Tudo isso se reflete na confiança do empresário e sua disposição de expandir os negócios”, afiançou o economista José Fernando.

Recuperação e emprego

Em texto distribuído à imprensa pela entidade, a economista responsável pela sondagem da CNC, Izis Ferreira, aponta que “as condições correntes macroeconômicas favoráveis e a melhora das expectativas em relação à economia e ao setor” ajudam a explicar a maior disposição dos empresários de investir neste ano.

“A recuperação gradual da economia, com avanço nos investimentos e melhora da taxa de desemprego, ajuda a explicar a percepção otimista dos empresários do comércio”, arrematou o presidente da CNC, José Roberto Tadros, no mesmo texto. 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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