Não tem saída, a economia mundial está em processo recessivo crescente e, na linguagem dos tecnocratas, tudo mais permanecente constantes, o Brasil vai dançar mais nessa ciranda, e o pior ainda está por vir, significando mais desemprego, mais fome, instabilidade social, mais criminalidade e mais força policial, resultantes dos impactos sobre as economias, na visão de analistas mundo afora.
Acaba de sair a penúltima análise do Banco Mundial, que divulga a expectativa de queda no crescimento entre 1% e 2% nos índices que monitoram a economia global, ratificando previsão, também, conservadora do FMI (Fundo Monetário Internacional). Essa expectativa frustra muitos políticos gestores dos países que formam os blocos das economias emergentes mais expressivas, o Bric, onde despontam Brasil, Rússia, Índia e China que, atualmente, lideram o G-20, onde estão os demais mercados com economia em fase de crescimento. Esses, países, em que pese, a devida importância em termos econômicos, sempre foram vistos com indiferença e desdém pelos governos das economias industrialiazos, isso até, o fim do século 20, naturalmente!
Lembremos que ano passado, nessa data, a economia mundial imprimia um cartão postal colorido, porque o mercado especulativo, bancos, bolsas de valores e investidores, seduziam, descarada e desonestamente, as fontes de poupança de aposentados, fundos de pensão, drenando, desde os cofrinhos, do Brasil a Islândia, alcançando os recursos de tesouros nacionais, em economias fortes e fracas, em escala mundial, sem discriminação de moedas e papéis, desde que fossem conversíveis, isto é, vendáveis nos mercados doméstico e internacional.
Então, em seguida implode a bolha financeira formada pelos títulos oriundos dos financiamentos especulativos do mercado imobiliários nos Estados Unidos, em que a hipoteca dos imóveis poderia ser financiada e refinaciada quantas vezes existissem bancos interessados em registrar mais ganhos… seu objetivo maior. Veja, um imóvel que tinha valor real de US$ 50 mil, poderia atingir US$ 5 milhões, simplesmente, batizado com uma vista paradisíaca, funcional e digno de atender o mais exigentes dos sonhos.
Brasil, Índia, países exportadores de alimentos e serviços e a China, que atualmente é o maior investidor em títulos do tesouro dos Estados Unidos, atuam ativamente nas rodadas que objetivam oferecer soluções aos problemas que a recessão impõe sobre todos os países capitalistas. China, como grande exportador e credor dos Estados Unidos, tem o maior interesse na revitalização da economia norte americana, que é o maior mercado importador de seus produtos. Em consequência, os blocos econômicos devem introduzir medidas visando corrigir distorções no sistema financeiro internacional, desestimulando a prática do protecionismo, que no contexto da crise econômica, será prejudicial para muitos países, inclusive ao Brasil exportador.
A receita de como sair e proteger 100% os ativos dos impactos da crise econômica, ninguém sabe, tudo mais é especulação. Há séculos, dizem os pensadores da teoria que estuda o comportamento dos mercados e do consumidor, a economia global capitalista, até então, tinha como gestor eficaz, a mão invisível que fazia o mercado, funcionar de forma eficiente, como as abelhas, diuturnamente e na calada da noite, para que ao amanhacer, o consumidor tivesse ao alcance, o pão, o leite e o café, e demais bens essenciais ao conforto da sociedade, mas a mão invisível foi duramente atingida e precisa ser reordenada.
Nos resta esperar que surja algum fato novo e produtivo da recente conferencia entre os presidentes, Luiz Inácio Lula da Silva e Barack Hussein Obama, em Washington, nos Estados Unidos, que apesar da crise, e do chumbo que a administração Obama está levando por salvar instituições financeira, seguradoras e indústrias, de forma muito generosa, com o dinheiro do contribuinte, temperado com o pagamento dos bônus milionários pela seguradora socorrida, que nas palavras do presidente Lula, premia a incompetência… Que Deus perdoe nossas ofensas.
Economia, mão invisível recessiva…
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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