Em uma edição totalmente online, o DLI (Dia Livre de Impostos), atingiu mais de um milhão de acessos no site oficial da campanha realizada no dia 4 de junho. Durante um dia inteiro os consumidores puderam adquirir produtos até 50% mais baratos.
A iniciativa contou com a adesão de diversos estabelecimentos na capital que disponibilizaram mais de 300 produtos sem o preço do tributo, normalmente embutido no dia a dia do consumidor. A campanha promovida pela CDL Jovem (Câmara de Dirigentes Lojistas Jovem) e coordenada por membros da entidade no Estado conscientizar a população sobre a alta carga tributária que incide no valor dos produtos.
O movimento que faz parte do calendário da entidade caiu no gosto dos consumidores, que uma vez por ano, aproveitam a oportunidade para garantir a compra de bens e serviços com descontos.
“Ano passado aproveitei a isenção do tributo para abastecer o meu carro. E comprei dois celulares para dar de presente. Eu considero a iniciativa muito boa. A sociedade só trabalha para pagar impostos”, afirma o microempresário, Nelson Peres, que embarcou nas ofertas da campanha este ano e diz que adquiriu serviços de pet shop com bons descontos.
A cabeleireira, Wanda da Silva, também defende a iniciativa e usufruiu dos descontos. Ela elogia a primeira edição da campanha exclusiva pelo varejo online. “Com a pandemia, as pessoas estão mudando o hábito de irem às compras em lojas físicas e muitas, inclusive eu, passei a comprar pela internet e tenho apostado na modalidade delivery. Esse tipo de iniciativa tinha que ocorrer ao menos duas vezes por ano”.
A entidade comemora o desempenho desta edição que impactou mais de 100 mil pessoas no Amazonas. De acordo com o coordenador Estadual da CDL Jovem Amazonas, Luiz Eduardo Leal, o formato online já está no planejamento para a campanha de 2021.
“Em meio a desafios superados, podemos respirar aliviados por mais um ano de sucesso do DLI. A quantidade de pessoas procurando acesso e procurando as lojas foi muito grande. Tivemos lojistas que tiveram dificuldades para atender a alta demanda, mas que no final deu certo”, disse.
Leal contou que o grande desafio foi impactar os lojistas para o objetivo da ação, e que diversos empresários abraçaram mais uma vez a ideia, e ajudaram a consolidar o sucesso do DLI este ano. “Os lojistas tiveram que potencializar seus atendimentos nos canais on-line, e, principalmente, no que se refere a logística (entrega). Para nós da CDL Jovem o maior desafio foi encontrar lojistas que realmente, mesmo nesse momento de pandemia, aceitasse participar da ação, já que a diferença nos preços quem paga são os próprios empresários”, ponderou.
Em consonância, o vice-presidente da CDL Jovem Amazonas Victor Gonzales, diz que a mobilização teve grande alcance entre estabelecimentos que comercializam produtos muito demandados como sushi, hambúrguer e doce, além de bastante venda na linha de vestuário e pet shop.
“Nós tivemos um retorno além do esperado. As pessoas se adaptaram bem a consumir de plataformas online. Opções como delivery e drive thru, com certeza, já fazem parte do novo normal, tanto para o DLI como para o comércio em geral”.
O presidente da FCDL-AM e empresário Ezra Benzion, falou das lojas administradas por ele, Adji, Aleatory, Granda Beach e Pet Amazon. “Nós vendemos três vezes mais do que um dia comum nas nossas lojas que participaram. Foi um sucesso. Se nós tínhamos alguma dúvida de que o DLI funcionasse de forma on-line, nós tiramos essa dúvida ontem”, afirmou.
Dentre as empresas que fizeram parte da campanha na edição deste ano, estiveram, a doceria Tortas&Tortas; a rede de temakeria Sushi Ponta Negra; hamburgueria Mindu Burger; as lojas Adji, Aleatory, Granda Beach, Pet Amazon, entre outras.
Por dentro
O brasileiro é o povo que mais paga impostos na América Latina. Para se ter noção, em um ranking de 30 países, o Brasil é o 14º que mais arrecada imposto com maior carga tributária (35,4% do PIB), sendo que os 13 primeiros são todos europeus, com altos índices de desenvolvimento econômico, como Dinamarca (45,19% do PIB) e Finlândia (44% do PIB).
O brasileiro trabalha em média 153 dias, cerca de cinco meses, por ano só para pagar impostos. Apenas nos setores de Maquiagem e Eletrônicos as cargas tributárias são de 58% e 43%, respectivamente.