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Dia das Crianças traz expectativas positivas no varejo

Dia das Crianças traz expectativas positivas no varejo

Com a aproximação do Dia das Crianças, comemorado  no dia 12 de outubro, o volume de vendas no comércio varejista deve motivar o consumidor a ir às compras. Pesquisa da CDL-Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus) aponta alta de quase 2% no volume de vendas em relação ao ano passado.  Com o ticket médio de compras de R$ 128,44, a expectativa é que, a data resulte em uma receita bruta de quase R$ 46 milhões na economia do Estado.

A data considerada uma das mais importantes para o varejo não deixa de passar despercebida nem mesmo diante de uma economia sensibilizada em função do novo coronavírus. Se depender dos 50% que pretendem comprar brinquedos, a tendência é de incremento para o setor. A pesquisa de hábitos de consumo e pretensão de compra para a sazonalidade foi realizada através de 600 questionários, na capital, entre os dias 8 e 18 de setembro.

Para o presidente da entidade, Ralph Assayag pelo momento em que a economia está passando, é louvável a projeção de aumento na procura por presentes nesta sazonalidade. “Esperamos que isso impulsione de alguma forma as vendas para o Dia das Crianças. As lojas estão preparadas, tem muitos estabelecimentos com produtos variados que atendem os gostos dos consumidores. Acredito que será um dia em que grande parte dos lojistas farão promoções para alavancar as vendas”, ponderou.

Assayag destaca a preocupação dos pais quando o assunto é entreter os filhos em casa. “A pesquisa é clara quando aponta brinquedos no topo. Isso mostra o cuidado que os pais estão tendo com filhos, para que eles tenham algo para se distraírem durante a quarentena, enquanto eles não retornam para a escola”, afirmou.

Termômetro

José Fernando Pereira, assessor econômico da Fecomércio-AM, entende que a partir da flexibilização referente às medidas de proteção implantadas em Manaus, a atividade voltou a crescer surpreendendo o setor. E foi possível observar nos últimos dois meses, um crescimento gradativo de uma forma modesta, mas com viés de alta. “Nós acreditamos que para o Dia das Crianças haverá esse aumento no volume de vendas, considerando a sazonalidade importante para o comércio”. 

Para ele, se não houver nenhuma intercorrência no varejo em função do aumento dos casos da Covid, é garantia de que o setor vai ter um bom desempenho na data. “Qualquer aumento mesmo que pequeno nós devemos considerar como lucro. Até no ponto de vista tributário a partir do momento que as atividades foram retomando a receita do Estado também aumentou. A nossa expectativa é  que na semana da criança a gente comemore este crescimento que é muito bom. E isso hoje remete a fazer projeções mais otimistas para as outras datas que virão como a Black Friday e o Natal”.  

Garantia de homenagem 

Em consonância, o período de comemoração deve incentivar o consumo e consequentemente o movimento na área comercial, a percepção é do economista Eduardo Souza. “É natural que a estimativa feita por analistas de mercado num consumo mais elevado em datas festivas são períodos de sazonalidade positivas, ou seja, há uma demanda maior pelo consumo. Há uma projeção em termos de consumo de produtos relacionados a este mercado infantil”.

Para ele é notório que devido à política de isolamento social as crianças estão mais em casa, e talvez esse comportamento induza os pais a capricharem um pouco mais presenteando as crianças justamente porque elas não estão tendo acesso a esse lazer que comumente elas têm. “O capital que antes era investido e convertido para diversão das crianças não está como antes devido às restrições. Talvez haja um estímulo maior tanto dos empresários em comercializar estes produtos para tentar obter uma faixa de receita um pouco mais elevada e os pais que querem consumir para agradar os pequenos e homenageá-los no dia deles, então é possível que registre um crescimento mais brando em relação ao ano passado”. 

Compras e pagamentos

Sobre a forma que pretendem realizar o pagamento dos presentes, a amostra aponta que 32% vão realizar suas compras no cartão de crédito parcelado, 21% no cartão de débito, 18% no dinheiro, 16% no cartão de crédito à vista, 8,5% não sabe/não opinaram; e 4,8% no crediário/carnê.

Dos entrevistados, 31,4% vão fazer suas compras em Shoppings; 28,5% vão fazer suas compras no Comércio do Centro; 25,9% vão fazer suas compras nos comércios de bairro; 7,8% não sabem/não opinaram; 5% pela internet; e 2,1% nos supermercados.

Consumidor

Em relação aos gastos, a pesquisa revela que 9,3% esperam gastar menos de R$ 80; 16,4% entre R$ 80,1% a R$100; 26,9% entre R$100,1 a R$ 150. Há aqueles que vão gastar além desse valor. 19,6% pretendem gastar entre R$ 150,1 a R$ 200; 12,4% entre 200,1 a 250; 5,5% 250,01 a R$ 300; 5,1% mais de 400; e 5,3% não sabem/ou não quiseram responder.

Categorias e opções de escolha

Entre as categorias mais procuradas que devem ser as mais procuradas estão: bonecos (as) (17,4%); vestuário (13%); videogame (12,4%); tablet (11,9); e bicicleta (6,4%). Estes também foram os cinco itens no topo da lista de intenção de compras dos entrevistados no ano passado, com alteração na ordem de preferência.

A CDL Manaus também ouviu as crianças sobre o que desejam ganhar. 25,9% pretendem ganhar videogame/jogos; 17,8% esperam receber tablet; 14,1% celular/smartphone; 12,9% pretendem ganhar bonecos (as); e 9,5% pretendem ganhar bicicleta.

Vão se dar bem 

A pesquisa apontou ainda, que quem vai se dar bem e ganhar presente na data 44,70% vão presentear os filhos; 15,90% os netos (a); 12,5% os sobrinhos (as); 9,50% os afilhados (a); 8,30% enteados (as); 7,10% os irmãos (ãs); 2,10% filho de amigos/parentes.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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