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Destruindo prédios ou derrubando muros?

Amigo leitor gostaria de testar seus conhecimentos antes de começar este artigo. Será um teste bem rápido. Espero que passe. Qual fato marcou o mundo no dia 11/09/2001? Isso mesmo. Parabéns, você já respondeu. O ato terrorista às Torres Gêmeas nos Estados Unidos. Agora responda a outra pergunta que também é muito fácil. Qual fato marcou o mundo no dia 09/11/1989? Não vale perguntar a ninguém, nem consultar a Internet. Foi a queda do muro de Berlim, um dos símbolos do fim da Guerra Fria (seja bem franco, você sabia ou se lembrava disso?).
Gostaria de fazer uma reflexão com você: Se os dois fatos marcaram a história, por que então um permanece mais vivo em nossa memória do que o outro? Por que um é mais recente? Pode ser. Por que até hoje a mídia fala sobre o assunto? Talvez. Eu tenho minha opinião sobre isso. Acredito que temos mais facilidade em memorizar fatos trágicos do que momentos bons.
Esta verdade pode vir como bomba para algumas pessoas, mas é verdade. E vou mais além: as pessoas gastam mais tempo em coisas que não trazem nenhum benefício do que em momentos que trazem algum tipo de crescimento. Vez por outra corre entre as pessoas a notícia de falência da empresa, a morte de alguém que há muito tempo não se vê ou que A ou B foram pegos fazendo algo de errado.
Vou mais além: normalmente somos lembrados pelo que fizemos de ruim algum dia e todo nosso bom histórico é esquecido com imensa facilidade. Quando alguém pretende mudar de vida ou atitude surge logo da maioria comentários do tipo: “Já vi esta história, não vai dar certo”, “eu duvido que ele consiga, eu tentei e não consegui”. Lembramos com detalhes de coisas ruins e nos esquecemos de coisas boas. É incrível como nossa mente está cheia de pessimismo, tragédias, miséria. Amigo leitor quero propor a você mudança de hábito. Sugiro mudarmos radicalmente nossas vidas a começar pela maneira de pensar e agir.
Conta-se que um dia um grupo de seminaristas foi surpreendido em sala de aula para fazer uma prova-surpresa. O professor explica que seria apenas uma questão. “Fale sobre Deus e sobre o diabo”, escreveu. Foi-lhes dado aos alunos 60 minutos para responder.
Um deles pegou uma folha e começou a escrever sobre Deus. Dissertou sobre suas maravilhas, sua obra, seu Filho Jesus, sobre a salvação. E o fez de maneira tão apaixonada que, não atentando para o relógio, passaram-se 59 minutos.
Quando o professor alertou que faltava apenas um minuto, o jovem escreveu no rodapé da página: “fiquei tão envolvido com Deus, que não tive tempo para pensar no diabo”. Apesar de não ter cumprido o que lhe foi solicitado, sua dissertação foi considerada a melhor de todas.
A mente que está ocupada com as coisas de Deus tende a ser muita próspera. A pessoa que guarda a Palavra de Deus dentro de si é capaz de salvar pessoas da desgraça, da separação conjugal, do suicídio, das más companhias. A pessoa que tem em seus lábios os ensinamentos divinos prega o perdão, ao invés de “devolver na mesma moeda”. Quem tem Cristo em sua vida, não pensa no próximo como concorrente ou ameaça, mas como aliado para ajudar a realizar sonhos.
O coração que tem o Espírito Santo, não perde tempo com conversas que não trazem edificação, pois ele sabe que “as más conversações corrompem os bons costumes” (1Coríntios 15.33). Sabe que a “resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira” (Provérbios 15.1).
A partir do momento que dedicarmos mais tempo e mais energia em conhecer o caráter de Deus, chegaremos ao nível de parecermos um pouco mais com Ele. Isso mesmo. Não ficaremos conformados em ver um amigo com a auto-estima na altura da sarjeta. Não aceitaremos aquela família tão próxima ser destruída sem que façamos algo. Será uma questão de honra estender a mão para quem um dia tentou nos tirar do jogo. Será um prazer abrir um sorriso e dizer: “pode contar comigo”.
Essas coisas que proponho realmente não são fáceis. Tenho consciência disso. É muito mais simples permanecermos como estamos do que tentar uma mudança, afinal toda quebra de paradigmas requer muito esforço. Normalmente quem se propõe a ser diferente é censurado, discriminado e até injustiçado. Não precisamos ser mártires por causas aparentemente insignificantes, mas podemos ser referências para pessoas que buscam um norte e não sabem onde encontrar.
Agindo assim amigo leitor, estamos nos candidatando a fazermos a diferença ao invés de sermos mais um na multidão. De Pitágoras é a frase mui inspirada: “A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar, é aproximar-se de Deus”. Eis a oportunidade de sermos sal da terra e luz do mundo (Mateus 5.13, 14).
Quando Cristo for, de fato e de direito, o Senhor de nossas vidas, esta geração jamais se lembrará de nós pelos atos terroristas praticados por palavras ou atitudes e sim pelos “muros” do fracasso que derrubamos.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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