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Deputados explicam falta à sessão

A maioria dos deputados que deixou a Câmara antes da votação que cassou o mandato de Natan Donadon (sem partido-RO) alegou compromissos partidários em seus redutos eleitorais para faltar à sessão. Entre as justificativas também estão problemas de saúde e até uma comemoração de aniversário em Paris.
Preso há quase oito meses por desvio de recursos públicos, Donadon perdeu o mandato com o apoio de 467 deputados – 210 a mais do que o mínimo necessário, que é 257-, e nenhum pela absolvição. Outros 17 deputados registraram presença na sessão e não votaram e mais 27 não votaram nem registraram presença.
Essa foi a primeira vez que o Congresso analisou a perda de mandato de um parlamentar em votação aberta. Em agosto de 2013, os deputados tiveram outra postura, com votação secreta, e livraram Donadon da cassação.
Dos 17 que deixaram a Câmara, oito alegaram compromissos no Estado: Zequinha Marinho (PSC-PA), Mário Negromonte (PP-BA), Júnior Coimbra (PMDB-TO), Genecias Noronha (SDD-CE), Manoel Júnior (PMDB-PB), Lael Varella (DEM-MG), Magda Mofatto (PR-GO) e Welignton Roberto (PR-PB).
Varella afirmou que deixou a capital no início da tarde para uma agenda em Belo Horizonte e retornou para Brasília, mas não conseguiu chegar ao Congresso a tempo da votação.
“Eu tenho muita responsabilidade e sei bem que tinha que cassar o Donadon. Mas eu tive esse compromisso e quando voltei para a Câmara a votação já tinha sido encerrada”, disse Varella. “Agora, eu tinha certeza que iria ocorrer a cassação. Depois do vexame que a Câmara passou no ano passado, isso não iria se repetir de novo”, completou.
Negromonte também usou como justificativa uma reunião partidária na Bahia para se ausentar. Ele deixou a Câmara no início da noite e negou qualquer resistência ao voto aberto. “Eu sou a favor do voto aberto, não tenho problema nenhum, mas eu tinha esse compromisso partidário”, disse.
O temor de perder um voo para Paris onde vai comemorar seu aniversário de 63 anos, amanhã, fez o deputado Vilmar Rocha (PSD-GO) deixar a Câmara mais cedo sem se manifestar sobre a cassação de Donadon. Segundo sua assessoria, ele ficou preocupado com o tumulto no trânsito provocado por um protesto do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) que tomou conta ontem da região central da cidade.
Paes Landim (PTB-PI) disse que não votou em “protesto”. “Foi um sinal de protesto. Se o Supremo condenou, mandou prender, eu vou julgar o Supremo? Não. Se mandou prender, não tem mais mandato. Essa votação é um desrespeito ao Judiciário.”

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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