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Cuidado na hora de comprar um PC, adverte analista

Antes de sacar as economias da conta ou o cartão de crédito é bom avaliar a sua real necessidade de ter um novo computador. Afinal, em tempos de incertezas é difícil afirmar quem serão os sortudos e os azarados em suas decisões de compra.
Caso a cotação do dólar continue subindo e fabricantes e varejistas se vejam obrigados a repassar os custos ao consumidor, quem comprar agora escapa de outros aumentos, além dos já verificados na faixa de R$ 100 a R$ 300, em média. E se o câmbio se estabilizar e a “farra dos eletrônicos” recomeçar? Esperar pode ser a melhor alternativa.
O analista de produtos de consumo do IDC Luciano Crippa afirmou ser difícil determinar a melhor hora para comprar um PC. “Ainda não temos segurança quanto à perenidade ou o impacto real nos preços dos varejistas. Porque tanto eles como os fabricantes podem diminuir suas margens de lucro para absorver o impacto do dólar.”
A venda de computadores, principalmente notebooks, vinha numa trajetória de crescimento sem precedentes no Brasil.

Laptop para todos

No segundo trimestre deste ano, 200% mais laptops foram vendidos em relação ao ano passado, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica). A previsão é de que 13 milhões de computadores sejam vendidos em 2008, 30% mais do que em 2007.
A pujança do mercado é justamente um dos argumentos contra o pânico que se alastrou desde o estouro da crise nos EUA.
A Positivo, que aumentou seus preços na última quinta-feira, confia que os consumidores cujo interesse principal é adquirir o produto, continuarão indo às compras. “A diferença de R$ 100 em um produto que custa mais de R$ 1 mil é pequena”, disse Hélio Rotenberg, presidente da empresa. Portanto, é a necessidade que deve comandar a decisão de compra, já que o risco e a incerteza são inerentes aos momentos de crise. Caso o pior se confirme e uma recessão prolongada atinja a economia mundial, a redução das vendas pode até levar à queda de preços em dólares.
A compra parcelada deve ajudar a segurar as expectativas de vendas até o Natal. “O aumento de preços não deve incomodar por ser suavizado nas parcelas. O aumento de cada uma delas deve alcançar no máximo R$ 10”, disse Crippa.

Crédito seguro

Segundo Fábio Pina, assessor econômico da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), mais importante do que o preço é o crédito. Setores como o de automóveis já não se sentem seguros para vender a prazo. “As lojas de informática ainda têm boas ofertas, mas o ambiente é hostil.”
Empresas que montam as máquinas no Brasil levam alguma vantagem sobre as que importam computadores prontos. Conforme explicou o presidente da Amazon PC, Carlos Diniz, os produtos manufaturados no país têm mais incentivos. Optar por uma máquina nacional é mais vantajoso? Não necessariamente. Lembre-se do mantra: mantenha a calma, pesquise, pesquise, pesquise.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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