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Copa e eleições são as apostas do polo gráfico

De olho no aumento da produção industrial por conta da Copa do Mundo, eleições e a própria demanda do mercado local, as gráficas de Manaus se preparam para desenvolverem novos projetos em 2010. A recuperação industrial do PIM (Polo Industrial de Manaus), observada no último trimestre de 2009, estimulou os empresários do setor, principalmente os do segmento de embalagens, a traçar metas promissoras para este ano.
Por motivo de sigilo industrial, a Novotempo Indústria Gráfica não detalha os novos planos para 2010, mas admite que os investimentos estão na casa dos R$ 6 milhões. O proprietário Carlos Edson disse que a bola da vez é o segmento de embalagem, o qual vai desenvolver projetos visando promover a redução de custos para atender a demanda do PIM. “Serão métodos diferentes de trabalhar”, disse, ressaltando que a empresa tem feito investimentos pesados procurando sempre estar a frente em tecnologia e novidades do mercado.
Carlos Edson admite possuir um time forte de funcionários em engenharia, além de novos equipamentos, e disse que está abrindo uma nova unidade fabril. Hoje, a Novotempo é formada por quatro plantas, numa área de 22 mil metros. “A empresa foi fundada em maio de 1996, recebeu investimentos em torno de R$ 50 milhões e está faturando anualmente R$ 33 milhões”, assegurou.
Como as indústrias têm que poluir cada vez menos, Carlos Edson disse que está havendo restrições nas embalagens, que não podem mais usar PVC, chumbo e produtos dessa natureza. “O cartão tem que trabalhar em cima de reciclagem para não continuar a poluir”, destacou.
Segundo o empresário, no próximo ano, será obrigatório a ISO 140001 para todas as indústrias do PIM. Com isso, a empresa vai ter que fabricar produtos ecologicamente corretos, chamados ecodrivers. “Vamos ter uma linha de produtos 100% reciclados com tintas atóxicas e vernizes à base de água. Todos os nossos produtos serão ecologicamente corretos a começar pelos cartões e papéis que serão todos reciclados”, admitiu.
Carlos Edson define o segmento de embalagens infinito, porque hoje tudo é embalado, desde o refrigerante ao sabonete, passando pela vela e o medicamento. “Temos perspectiva de crescimento vegetativo por parte dos nossos clientes, pois trabalhamos dentro da nossa capacidade operacional; é um mercado oscilante com meses de pico de produção como o Dia das Mães, dos Namorados e o Natal”, comentou.

Ano melhor

A Copa do Mundo vai promover um aumento de produção industrial e gerar demanda para o segmento gráfico, principalmente para quem trabalha com serviços comerciais, propagandas, publicidades e ingressos. Como a Novotempo fornece manuais para o segmento de TVs, Carlos Edson disse que há possibilidade de aumentar vendas por conta da comercialização de TVs. “Nossa fatia é a das indústrias, seja na Copa ou nas eleições”, enfatizou.
O diretor industrial da Novotempo Indústria Gráfica, Henk Koolen, comentou que anos de Copa do Mundo e de eleições impulsionam a produção de material impresso. Por isso, a previsão é que 2010 seja melhor ou igual ao ano passado. “O ano passado começou ruim com a crise global, mas se concertou e no final obteve crescimento de 3% a 5%”, disse.
Koolen avaliou que 2008 foi um ano de crescimento para o polo gráfico, de quase 30% em relação a 2007, decorrente do grande movimento de produtos fabricados no Sul do país e vieram para Manaus, num patamar de 80%. “Isso se deu por obrigação, porque ninguém quer comprar a distância haja vista que o transporte terrestre demora de 12 a 15 dias, por navio leva um mês e de avião é inviável”, assegurou.

Gráfica Ampla aposta no segmento de embalagens

Disposta a abocanhar uma parte dos serviços de embalagens de produtos variados, a Gráfica Ampla vai começar a fabricar esse tipo de item ainda no primeiro semestre de 2010. A empresa atualmente produz material para o varejo e a indústria, entre panfletos, revistas, folders, capas de CD e livros, entre outros produtos.
O proprietário da gráfica, Célio Novaes, disse que, apesar da crise, os negócios da empresa cresceram no ano passado 20% em relação a 2008, o que propiciou um incremento de 5% no faturamento. Com a saída da Rigesa do ramo de embalagens – a empresa foi vendida para o grupo Orsa -, ficou uma lacuna que a Ampla vai tentar conquistar. “É um mercado crescente e nós vamos conquistar uma parte desse bolo”, admitiu.

Mercado equilibrado

Na contramão da crise global, a Gráfica Ampla realizou investimentos da ordem de R$ 1,3 milhão no primeiro semestre de 2009, momento em que o mercado começou a se equilibrar e a falta de confiança do consumidor diminuiu. Por enquanto, Célio Novaes prefere guardar segredos quanto aos investimentos para 2010. “Vamos investir sim, mas por enquanto estamos levantando em quanto será esse aporte de recursos”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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