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Consultoria emprega acadêmicos da universidade

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O sonho de quem inicia uma faculdade é chegar ao fim do curso e colocar as mãos no diploma ficando de posse de uma arma poderosa para entrar no mercado de trabalho. Mas, uma triste constatação acompanha a maioria dos recém-formados. Seguindo uma das máximas de Sócrates eles descobrem que “só sabem que nada sabem”.

Para as grandes, e até as médias empresas, que precisam de um profissional para ocupar determinado cargo, não interessa tanto o diploma, mas a experiência, qualidade que uma pessoa recém-saída de uma faculdade não tem. Então, como resolver a questão?

Tentando pelo menos minimizar o problema enfrentado pelos alunos que estão à porta de saída da Ufam (Universidade Federal do Amazonas), ou que já conseguiram sair, o professor Cláudio Frota idealizou o projeto Conuni (Consultoria Empresarial da Ufam), cuja principal missão é proporcionar soluções e suporte a empresas e pessoas, com competência, qualidade e eficiência, empregando os talentos da Ufam.

“Nenhuma empresa quer perder tempo ensinando determinado serviço a um profissional que acaba de ser admitido, por isso elas vão atrás de alguém cujo perfil é o desejado. Nesse perfil, além da garra e da vontade de vencer encontrada nos recém-formados, aparece a experiência em primeiro lugar. De uma faculdade a pessoa sai com conhecimento, mas não com experiência. É aí que nós entramos unindo o útil ao agradável”, garante o professor.

Experiência e não estágio

No Conuni–colocado em prática desde 2004– durante um ano o aluno em seus últimos períodos nos bancos da universidade, passa a fazer parte de projetos junto a empresas e instituições que atuam em parceria com a Ufam. “Ao final de um ano, o aluno já possui a experiência desejada pela empresa contratante”, explicou Cláudio Frota.
O professor faz questão de dizer que não se trata de um estágio. “Em muitos casos o estágio acaba por se transformar numa forma de a empresa conseguir mão-de-obra barata onde o aluno de um determinado curso é contratado para, por exemplo, tirar xerox. Não é o nosso caso. No Conuni o aluno vai atuar na atividade a que se propõe ou que o mercado precisa”, assinalou.

Professor diz que é preciso agregar valor

Detentor de conhecimento e experiência, o profissional pode se dar por satisfeito pelo resto da vida? De acordo com o professor Cláudio Forta, não. No mundo globalizado e com cada vez mais profissionais também com conhecimento e experiência sendo colocados no mercado a todo instante, é necessário que as pessoas agreguem valores para se manterem sempre competitivas e, importante, na dianteira dos demais.

“Então, entre outras qualidades, o profissional precisa ter agilidade, determinação, garra, apenas para citar algumas”, acrescentou o professor.

Todos empregados

Há pouco mais de uma década era comum algumas empresas, principalmente as do Distrito Industrial, preferirem os profissionais que vinham de Estados do Sul do país em detrimento dos formados em Manaus com os mesmos conhecimentos daqueles. Segundo o professor Cláudio, isso não existe mais.

“Na minha opinião se tratava mais de preconceito pelas pessoas da terra. Hoje o que conta é a competência, e sempre tivemos profissionais competentes por aqui que eram colocados em segundo plano quando aparecia alguém de fora. Mesmo que a pessoa tenha se formado nas melhores universidades do país e até do exterior, o que conta é a competência”, afirmou Frota.

Atualmente 12 alunos fazem parte do projeto, mas aproximadamente uns 30 já passaram pelo Conuni e, de acordo com o professor Cláudio Frota, todos estão empregados ou resolveram montar seus próprios negócios. “Nossa parte se encerra a partir de quanto eles aprendem a voar, muito embora, vez ou outra apareça algum por aqui em busca de um aprimoramento, de um novo aprendizado e nossas portas estão sempre abertas. O bom filho à casa retorna”, disse.

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Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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